Colunista | Jéssica Machado dos Santos

Foi realizada dia 1º de Outubro em Marília a 1° PARADA DA DIVERSIDADE: AMAR NÃO É CRIME, organizada pela Ong Collors Renovate e uma equipe de apoio que reuniu várias entidades da cidade.

Em um momento caótico, a Parada da Diversidade em Marília marca História no combate à homofobia e na busca por igualdade de direitos e o mais essencial: RESPEITO.

Há uns dois dias antes da Parada da Diversidade, rolou pela cidade uma imagem homofóbica pregando ódio e fazendo ameaças violentas ao evento que iria vir acontecer, veja a imagem abaixo:

E isso reforça o quão importante que essa atitude de promover a parada em Marília é um passo à frente diante de tantos retrocessos e uma onda de ódio gratuito.

A mensagem de amor não é crime do evento é reflexo do que as pessoas realmente querem para suas vidas, e ninguém pode interferir no amor entre pessoas, isso está para além do gênero. Mas vivemos em uma sociedade com ideologias conservadoras, opressora que condena as diversas formas de amar, e isso está mudando, cada vez mais as pessoas lgbtts estão batendo de frente e afirmando seu lugar no mundo.

Isto é um ato de coragem, pois quando nos deparamos com as estatísticas é assustador o que os números nos mostra: a cada 25 horas um LGBTT morre no Brasil. E mais alarmante, é o Brasil estar em 1° lugar no ranking dos países que mais matam lgbtts.

E mesmo assim, há alguns dias, uma decisão judicial autorizou casos de tratamento psicológico como a “cura gay”, ou seja, para que psicólogos tenham aval para tratar a homossexualidade como patologia. A medida reforça os crimes que ocorrem e as condutas de uma parcela da população continuar destilando seu ódio aos LGBTTs sob falsa justificativa que seriam doentes e por conta disso devem ser recuperados através da cura ou então merecem ser excluídos, agredidos e até mortos.

Políticas públicas são necessárias para reverter esse quadro de preconceito e ódio. É necessário que haja uma educação de gênero nas escolas, para que as crianças aprendam a respeitar uns aos outros, e não como a maioria das pessoas pensam, que a educação de gênero é uma forma de impor que crianças sejam lgbtts. Pelo contrário, através da educação as crianças vão ter uma clara noção do que é gênero, sexualidade e como que lgbtts não são aberrações, e sim são pessoas comuns que amam para além do gênero.

VIVA O AMOR

AMAR NÃO É E NUNCA SERÁ UM CRIME OU UMA DOENÇA! AMAR É ALGO SUBLIME 

Referências:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05/1884666-brasil-patina-no-combate-a-homofobia-e-vira-lider-em-assassinatos-de-lgbts.shtml

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/19/politica/1505853454_712122.html


Giro Marília -Jéssica Machado dos Santos
Jéssica Machado dos Santos
Cientista Social formada pela Unesp de Marília, ativista e coordenadora no coletivo Negras Ginga - https://www.facebook.com/NegrasGinga/

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