A REC (Unidade de Recuperação Cardíaca) da Santa Casa de Misericórdia de Marília atingiu a marca de mil pacientes atendidos após cirurgia cardíaca desde a sua implantação.  A unidade iniciou suas atividades há cerca de quatro anos e vem desempenhando papel importante no restabelecimento de pacientes.

Atuam no setor médicos cardiologistas, hemodinamicistas e cirurgiões cardíacos, enfermeiros especializados em cardiologia, técnicos de enfermagem, além da equipe matricial de apoio do hospital que garante a assistência em áreas importantes como Fisioterapia Respiratória e Motora, Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Serviço de Radiologia e Laboratório de Análises Clínicas.


“Atendemos pacientes em recuperação de síndromes coronarianas agudas (infartos) e com arritmias complexas, inclusive alguns com indicação de marcapasso. É um setor específico para doenças cardíacas e o seu funcionamento pleno garante resultados satisfatórios por ter esta finalidade. Toda estrutura está disponível para receber estes pacientes, que passam por procedimentos cirúrgicos complexos na área da Cardiologia”, destacou o médico cardiologista Marcos Bergonso, coordenador da REC da Santa Casa de Marília. 

A REC é classificada como unidade de curta permanência dos pacientes que passaram por cirurgias cardíacas, com média de 2,4 dias de internação. “Na maioria dos casos, o paciente fica de dois a quatro dias na REC. Isso permite uma rotatividade dos pacientes e consequentemente, se diminuem os riscos de infecção”, salientou Bergonso.

A enfermeira Quéren Hapuque Pereira Brito Romero disse que a REC surgiu em dezembro de 2013 e já atendeu cerca de 3.800 pacientes entre pós-cirúrgicos, angioplastias, implantações de marcapassos e casos clínicos. “A unidade trabalha com uma equipe jovem moldada para atender as necessidades do setor. Unindo isso à experiência de médicos e profissionais do hospital, fomos aperfeiçoando o atendimento e passamos a garantir este suporte de qualidade no pós-operatório de cirurgias cardíacas”.

Neste período, 55% dos pacientes foram submetidos à revascularização do miocárdio, 30% à cirurgia valvar, 8% à correção cirúrgica de aneurismas de aorta, 5% à cirurgia valvar associada à revascularização do miocárdio, e 2% à correção de cardiopatias congênitas e outros procedimentos gerais, como por exemplo, a ressecção de tumores cardíacos.

“Esta unidade especializada permitiu que alcançássemos resultados comparáveis aos melhores hospitais da especialidade no Brasil, além de possibilitar e valorizar um atendimento humanizado aos pacientes e familiares”, comentou Marcos Gradim Tiveron, cirurgião cardíaco e plantonista da REC. 


“A complexidade dos pacientes submetidos a tratamentos cardiológicos levou a uma especialização no atendimento crítico destes e os hospitais passaram a ‘investir’ nestas unidades, o que permitiu se chegar a resultados cada vez melhores e reduzir a permanência hospitalar, uma tendência mundial no atendimento”, completou Rubens Tofano de Barros, cirurgião cardíaco e um dos idealizadores da unidade.

Com oito leitos fixos, 80% dos atendimentos da REC da Santa Casa de Marília são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) aos pacientes de 62 municípios abrangidos pelo DRS IX (Departamento Regional de Saúde), além de pacientes provenientes dos mais diversos convênios e atendimentos particulares, oferecendo um dos serviços mais tradicionais do hospital, que existe há 38 anos e já realizou mais de 16 mil procedimentos cirúrgicos na área da Cardiologia neste período.

Em média, são 400 cirurgias cardíacas por ano realizadas na Santa Casa de Marília, o que torna o hospital uma referência para atendimentos do gênero no interior do Estado de São Paulo.