Estudantes da Escola Estadual Antonio Augusto Netto, uma das mais tradicionais escolas públicas de Marília, foram às redes sociais para denunciar bloqueio de repasses federais e estaduais que ameaçam serviços e melhorias como consequência de gastos irregulares e sem prestações de contas.

A escola, ao lado do Ginásio do Clube dos Bancários na Zona Sul, está há quatro anos sem repasses federais e sem condições de investimentos, um escândalo abafado até o Grêmio Estudantil levar o caso ao secretário estadual da Educação, João Cury, durante um encontro em Botucatu.

O motivo seria uma situação de descontrole nos gastos e falta de prestação de contas. A escola e a Associação de Pais teriam até dívidas no comércio por gastos feitos com os recursos públicos que não foram totalmente cobertos por conta do bloqueio de repasses. E envolve verbas federais e do Estado.

O bloqueio impede a escola de receber todos os anos dezenas de milhares de reais em repasses que deveriam financiar toda a estrutura que vá além do básico em merenda, material de uso diário e manutenção.

Sem as verbas, ficam bloqueadas compras de equipamentos como TV, data-show, tinta de impressora, manutenção de laboratório de informática, sistemas de segurança, móveis extras, atividades como passeios e visitas culturais

“Todos sabem que nossa escola está há quase 4 anos com as verbas e contas bancárias bloqueadas e o CNPJ também, o que nos impede de movimentar qualquer tipo de ação para honrar nossos compromissos, impede também, que nossa escola adquira novos equipamentos e materiais que seriam importantes para que possamos fazer as ações que prometemos e também, prejudica e muito as aulas de nossos professores”, aponta a divulgação do Grêmio Estudantil.

Segundo os alunos, não há como montar uma sala de leitura já projetada, comprar livros, ventiladores, cortinas, material esportivo ou melhorias em áreas como a quadra.

“Ao levarmos nossa reivindicação ao Secretário Estadual o mesmo se comprometeu à enviar um engenheiro que vai montar um projeto para reformar a nossa escola, prometeu também, que iria resolver o problema do bloqueio das verbas e que liberaria dinheiro para a escola poder funcionar de modo adequado”, dizem os alunos. Mas não há definição de prazos.