A previsão de retenção de recursos do Sindicato dos Servidores Municipais para garantir financiamento da eleição para diretoria falhou na primeira tentativa. Apesar de uma ordem judicial para depósito em juízo, a Prefeitura depositou na conta do sindicato as verbas do mês.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, não houve descumprimento da ordem judicial mas um problema técnico.

“A Prefeitura de Marília informa que quando houve a notificação os pagamentos já estavam provisionados, sendo que para os próximos meses será depositado judicialmente, situação já comunicada ao juízo."

O Giro Marília pediu à prefeitura datas e horários do depósito e da notificação judicial. As informações não foram divulgadas. A prefeitura também não informou os valores ou os responsáveis pela programação do pagamento.

O bloqueio dos repasses foi determinado pela Justiça de Marília em ação com pedido de tutela antecipada que acusa falta de recursos para garantir a realização da eleição para nova diretoria do Sindicato.

Segundo a ação, a Prefeitura repassa todos os meses R$ 21 mil para a entidade e a eleição deve custar em torno de R$ 9.000. Na ação, o servidor Osvaldo Emídio, presidente da comissão eleitoral e candidato da Chapa 4, de oposição, havia pedido o bloqueio das contas do sindicato, mas o pedido foi negado.

A polêmica sobre os repasses é mais um capítulo em uma novela de discussões e anormalidades na eleição, que chegou a ser iniciada mas foi suspensa, com acusações de agressões e desvios de urnas, e que envolve problemas desde o registro das chapas e nomeação da comissão eleitoral.