Marília

Prefeitura contesta Tribunal de Contas após fiscal relatar carne 'velha' em Emef

Carne identificada como velha pelo TCE tem validade até 2023
Carne identificada como velha pelo TCE tem validade até 2023

Um relatório de fiscalização surpresa em unidades escolares em 345 cidades do Estado incluiu uma unidade em Marília, com indicação de carne vencida, e provocou uma contestação da prefeitura da cidade.

Uma agente do órgão apontou “carne velha” e indicou baixa quantidade do produto em preparação na Emef Célio Corradi. As imagens do produto foram incluídas em um relatório do Tribunal sobre as 485 unidades fiscalizadas.

“A Secretaria de Educação informa que na manhã dessa sexta-feira (29) uma equipe da Divisão de Alimentação Escolar e Nutricionista RT fizeram uma visita técnica a EMEF Célio Corradi com o objetivo de avaliar os pontos indicados pelo Tribunal de Contas com relação a merenda escolar”, diz a nota.

O texto informa que no período em que a agente do tribunal de contas se encontrava na cozinha ocorreu o recebimento da mercadoria – carne moída congelada – Patinho -. “Está dentro do prazo de validade e não está estragada, mas a agente coloca como vencida, pois avaliou o produto pela data de fabricação.”

Sobre o preparo da carne (foto da carne na panela): os agentes operacionais de serviço estavam preparando a carne para o almoço. Colocaram para cozinhar e após o tempo de pressão abriram a panela (momento da foto) para terminar o preparo da carne.

“A agente questiona a quantidade que estava sendo preparada. Foi informada que quantidade estava sendo seguida a per capta por aluno. (A carne servida no almoço foi carne com legumes – chuchu e abóbora e cenoura, mas o preparo é realizado separadamente devido a crianças alérgicas a alguns alimentos: cenoura, feijão e outros).”

A Educação diz ainda que após a finalização do preparo dos alimentos para o almoço e no momento da distribuição dos pratos para os alunos, a agente foi convidada pela auxiliar de direção a participar, mas se recusou e foi embora.

A fiscalização ordenada checou a infraestrutura das escolas, bem como o fornecimento de água, manutenção e limpeza dos ambientes, salas de aulas, banheiros, cozinha, locais de convivência, pátios e quadras esportivas.

Preliminarmente foram encontrados problemas que colocam em risco a vida e a saúde de alunos, professores e funcionários. Mostrou situações de caos no Estado

“Pneus de ônibus carecas, extintor de incêndio vencido, crianças sendo transportadas sem cinto de segurança, alimentos vencidos e armazenados de forma inadequada, paredes com mofos e infiltrações, estruturas com rachaduras e risco de queda, quadra esportiva com condições insalubres devido a fezes de pombos e presença de baratas foram alguns dos apontamentos feitos pelo Tribunal.”

O relatório final ainda será produzido e divulgado. Prefeituras e órgãos estaduais serão notificados pelo TCESP a corrigir e prestar esclarecimentos detalhados sobre cada caso.