
Marília e São Paulo - Uma onda de denúncias de pacientes que acusam um psiquiatra de Marília por assédio durante consultas atingiu dez casos em Marília até sexta-feira e cresceu com duas denúncias em Garça (30km de Marília).
Os casos vão provocar inquéritos diferentes nas duas cidades que podem levar, assim, a processos criminais nas diferentes. Porém, pode haver troca de informações e registros para configuração do modo de agir e outros detalhes que sirvam como eventuais provas.
Para os 12 casos as DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) em Marília e Garça ainda terão depoimentos do médico e prazo de apuração com levantamento de provas.
A onda de casos começou após a denúncia de uma profissional da saúde na cidade, casada, que registrou denúncia por assédio após consulta.
Ela contou que em retorno para nova consulta o médico a recebeu com um abraço. Na saída, novo abraço, mas dessa vez a puxou, beijou a boca e apertou o corpo da mulher contra o seu.
A revelação do caso provocou mais denúncias com casos semelhantes até a acusação da situação mais grave, de contato físico mais invasivo.
Casos em Garça

Os casos em Garça envolvem duas pacientes com perfil muito diferente. A primeira, mulher entre 40 a 50 anos, disse que sofreu assédio no final de 2024. Identificou as mesmas condições após ouvir noticiário sobre as denúncias de Marília.
A mulher contou à polícia que recebia atendimento no CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) e ao retornar para buscar atestado recebeu comentários inapropriados. Em seguida uma tentativa de beijo à força além de toques em suas pernas.
O segundo caso é o de uma jovem, que ia às consultas no CAPs com a mãe, até que um dia precisou ir sozinha. Ela disse à polícia que o médico teria então nova conduta, perguntas íntimas sobre namoro e na despedida um beijo no canto da boca.
Em todos os casos as mulheres dizem ainda que a situação agravou suas condições de saúde em atendimentos como ansiedade ou depressão.