Marília - A morte da transexual Marcelle Brandina em um motel de Vera Cruz faz cinco anos sem previsão de julgamento pelo Júri em Marília.
O caso aguarda procedimentos burocráticos para a organização do Júri Popular. Assim que a sessão acontecer, terá o administrador de empresas Leonardo Caffer Júnior no banco dos réus e sete jurados para dizer se foi homicídio ou não.
Marcelle morreu aos 23 anos em dezembro de 2019 por asfixia dentro de um quarto de motel em Vera Cruz.
Leonardo tinha 44 anos. O corpo da vítima foi encontrado em uma área rural de Marília, a quilômetros do motel.
A polícia prendeu Leonardo no mesmo dia no quintal de sua casa, em Oriente. Ele confessou a agressão que provocou a morte, além da ocultação do corpo.
Mas o caso passou longe de ter mais a mesma velocidade da apuração. Leonardo foi libertado pela Justiça em Marília. Em fevereiro de 2020 o Ministério Público denunciou o crime e pediu prisão. A Justiça negou.
A primeira audiência só aconteceu em 2021, já durante a pandemia de Covid. Em 2022 o Tribunal de Justiça confirmou a pronúncia para julgamento no Tribunal do Júri,
A defesa de Leonardo levou o caso às cortes superiores. Em 2023 o caso teve baixa definitiva.
Em outubro a Justiça notificou acusação e defesa para indicar as “diligências que julgarem necessárias”. As manifestações da defesa ainda não chegaram.
Na sexta-feira, dia 20, começa o recesso forense que suspende prazos e andamento de processos. Leonardo Caffer Júnior segue em liberdade.