Ciência e memória

Museu de Marília recebe revista Nature com fóssil de acervo na capa

Descoberta de ave revelou elo entre tempo de dinossauros e animais da atualidade

Museu de Marília recebe revista Nature com fóssil de acervo na capa Museu de Marília recebe revista Nature com fóssil de acervo na capa Museu de Marília recebe revista Nature com fóssil de acervo na capa Museu de Marília recebe revista Nature com fóssil de acervo na capa
Museu recebe revista Nature com fóssil de Marília na capa
Museu recebe revista Nature com fóssil de Marília na capa

Marília - O Museu de Paleontologia de Marília recebeu a edição da revista Nature com artigo sobre fóssil de ave que colocou na capa descoberta de fóssil que está na cidade.

A entrega ocorre após alguns meses de espera e premia o trabalho do pesquisador William Nava, diretor do museu.

A publicação trata da descoberta da ave fóssil Navornis, que William fez em 2015 durante escavações em Presidente Prudente.

O fóssil de Marília – com idade entre 85 milhões e 75 milhões de anos – representa um elo de evolução das aves, que valeu a capa da Nature. Apresenta características da ave fóssil mais antiga e também de pássaros modernos.

Museu recebe revista Nature com fóssil de Marília na capa

Recebeu análise de pesquisadores dos EUA, Reino Unido, Argentina e Brasil até chegar à capa da Nature. A publicação aconteceu em novembro de 2024, só agora a revista, com envio da Alemanha, chegou.

Nava é um pesquisador que iniciou seu trabalho de forma artesanal e mudou história da cidade. Levou até à criação do ‘Museu dos Dinossauros’

Suas descobertas de fósseis, aliás, transformaram dinossauros em novos símbolos da cidade que cresceu com fama pelo café e indústrias.

Pesquisa em Prudente

O sucesso do trabalho levou William Nava para outras cidades. A ave fóssil está no museu de Marília , mas ele encontrou na pedreira “William’s Quarry” e levou à capa da Nature.

O local em Prudente é ponto de pesquisa que atualmente é base do Sítio Paleontológico Prof. José Martin Suárez – Pepe.

“É a mais bem preservada ave fóssil do Cretáceo de todas as Américas, em 3D. Por isso, contribuindo grandemente para a compreensão dos processos evolutivos” afirmou Nava.

O fóssil apresenta, além do crânio, parte do esqueleto pós craniano. Indica, ainda, que em vida, foi ave de porte semelhante a um pardal. “E certamente deveria realizar voos sobre as cabeças dos titanossauros.”