Marília - Um relatório da Justiça Federal em Marília encaminha medidas sobre desocupação em lotes do assentamento Luiz Beltrame Castro, em Gália.
São famílias que não aceitaram desocupar a área em reintegração que teve movimentação, inclusive, em meio à pandemia de Covid.
O documento que a Justiça produziu cumpre ordem de constatação das condições das famílias. São pontos da Fazenda Santa Fé, a menor das duas áreas que abriga o assentamento.
O juiz federal Vitor Elias Venturin, que integra Comissão Regional de Soluções Fundiárias e é um dos dois responsáveis, expediu a medida.
Pede levantamento de situação dos ocupantes e sua respectiva condição econômico-financeira. Além disso, identificar as lideranças, com seus telefones de contato.
A Comissão atua para composição em casos que envolvem população vulnerável, como na desocupação de famílias sem-terra no assentamento em Gália.
O espaço abrigou 17 famílias de trabalhadores rurais que em 2018 relatavam toneladas de alimentos em produção. Segundo os proprietários, a desocupação conturbada e em partes deixou grande parte da fazenda vazia.
Além da disputa na pandemia, o caso inclui situações em que os assentados denunciaram como condições de violência e intimidação.
Em março deste ano o juiz José Francisco da Silva Neto, da 3ª Vara Federal em Bauru, determinou encaminhamento do caso para a comissão.
Antes de pedir o relatório, a comissão fez reunião com o antigo dono da área, Jorge Cassaro, hoje prefeito em Jaú, bem como famílias, o Incra e Defensoria Pública.
Jorge, morador em Jaú, é prefeito naquela cidade, a pouco mais de 100km de distância do local, e a discussão envolve a ocupação da área desde 2012.
A Justiça Federal chegou a expedir ordens de desocupação e organização da medida com situações de tensão e conflito na área.