STJ mantém Júri de motorista por colisão que matou Catarina Mercadante
Catarina, a Cati ou 'florzinha', morta aos 22 anos

Marília - O STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou nesta terça-feira recurso do motorista Luiz Paulo Machado Almeida que tenta evitar júri popular pela colisão que matou a estudante Catarina Mercadante na rodovia SP-333 em janeiro de 2023.

A decisão foi unânime, ou seja, cinco votos a zero, pela Sexta Turma do tribunal e acompanhou voto do relator Rogério Schietti Cruz. Um voto de peso, já que o ministro, aliás, foi o mesmo que suspendeu ordem de prisão contra Luiz Paulo.

A decisão reduz os caminhos e possibilidades para a defesa arrastar o caso, bem como limite chances de impedir o júri popular.

Ele ainda pode tentar medidas protelatórias no próprio STJ, como embargos de declaração para esclarecer a decisão. Depois, tem chance de arriscar um recurso especial no STF (Supremo Tribunal Federal).

Essa tramitação ainda pode arrastar o caso por pelo menos um ano. Depois disso, o processo retornaria ao Fórum de Assis para agendar o Júri Popular.

O ‘placar’ da análise judicial tem até agora decisão individual da Justiça em Assis e duas decisões coletivas – unânimes – para levar Luiz Paulo ao Júri.

O STJ chancelou decisões de um juiz e do Tribunal de Justiça. Nos dá cada vez mais certeza da necessidade de levar ao Júri Popular e de a sociedade condenar, com mais subsídios, essa violência contra a Catarina, essa perda eterna para sua família e amigos.

Caisê PInheiro, advogado e representante da família

Os entendimentos da justiça acompanham assim a tese do Ministério Público que acusa homicídio por dolo eventual.

STJ mantém Júri de motorista por colisão que matou Catarina Mercadante

Isso porque Luiz Paulo dirigia sua picape na contramão, em trecho de aclive, início da noite e local de ultrapassagem proibida.

Além disso, em velocidade e condições que provocaram colisão sem saída para a menina.

Catarina faleceu na rodovia menos de uma hora depois de deixar sua casa e família em Assis a caminho de Marília, onde cursava medicina na Unimar.

Cati, ou florzinha, como a família a chamava, já recebeu homenagens e é ainda centro de uma corrente com pedido de Justiça no caso.