STJ mantém Júri de motorista por colisão que matou Catarina Mercadante
Catarina, a Cati ou 'florzinha', morta aos 22 anos

Marília - A sexta turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) tem um voto contra recurso de Luiz Paulo Machado de Almeida, motorista responsável pela colisão que matou a estudante Catarina Mercadante a rodovia SP-333

O voto do relator Rogerio Schietti Cruz negou provimento a recurso e pode encurtar as chances de Luiz Paulo atrasar ou impedir que o caso vá a Júri Popular.

O julgamento começou quase 40 dias após adiamento do caso em agosto e ainda espera o voto de mais quatro ministros do STJ.

O recurso tenta ganhar prazo para a defesa depois que a Justiça em Assis mandou o caso ao Júri Popular e, além disso, o Tribunal de Justiça confirmou.

Luiz Paulo perdeu os recursos contra a decisão e o que tenta agora é obrigar uma revisão dos pedidos. Mas o relator já negou liminar e, além disso, votou contra o andamento do recurso.

O caso, porém, já teve nova paralisação. O ministro Sebastião Reis Júnior pediu vistas para análise do processo e mais uma vez tirou o julgamento da pauta.

STJ tem voto contra motorista em colisão que matou Catarina Mercadante
Ultrapassagens proibidas: STJ tem voto contra motorista em colisão que matou Catarina Mercadante

Quase dois anos

Enquanto a defesa arrasta a discussão na Justiça, a morte de Catarina caminha para completar dois anos. A colisão aconteceu em janeiro de 2023 quando a menina dirigia um Polo entre Assis – onde vive sua família -e Marília, onde cursava medicina.

Era uma aluna de quarto ano, integrante de liga, que a mãe, Mana Mercadante, chamava de florzinha. Faleceu ainda na pista depois que a picape de Luiz Paulo apareceu na contramão, em trecho de aclive e ponto com ultrapassagem proibida.

Luiz Paulo alegou que cochilou, depois que não viu a faixa. Mas imagens que outros motoristas registraram atestam longo trecho na contramão, inclusive ao lado de faixa dupla.

Assim, decisões da Justiça em Assis e São Paulo repetiram avaliação de que ele assumiu riscos de causar o acidente e a morte. A decisão final seria do Júri Popular e é o que o motorista tenta evitar.