
Marília e São Paulo - O prefeito Vinícius Camarinha anunciou no final da tarde desta quinta-feira acordo que inclui doar área para nova sede do aeroclube de Marília e liberar as obras de ampliação do terminal no aeroporto na cidade.
Deve encerrar disputas judiciais e impasse que o consórcio VOA SP, responsável pela gestão do aeroporto, justifica como causa do atraso nas obras.
O acordo saiu após visita do CEO da VOA SP, Marcel Moure, à cidade nesta quinta, inclusive com encontro no gabinete.

A área, com pouco mais de 2.200m fica na rua Hélio Alves, em bairro ao lado do aeroporto, onde funciona ponto de observação. A região é, inclusive, famosa como a ‘praia dos spotters’, praticantes de observação e fotos de voos e aeronaves.
O acordo prevê que a rede VOA ofereça ao aeroclube um ponto de acesso à pista e ao aeroporto para as atividades da instituição. Com isso, deve estimular acordo em ação que prevê despejo do aeroclube.
Mudar tombamento
Além disso, a prefeitura anunciou projeto de lei para mudar o tombamento do aeroclube, de 85 anos, como patrimônio histórico da cidade.
“Vai ser mais conceitual, mais vinculado à história, que territorial”, disse o prefeito. A medida encerra, assim, outra disputa judicial, em que a VOA SP contesta a validade da lei de tombamento,
Em coletiva de imprensa para anunciar o acordo, ele disse que ‘chamou a responsabilidade’ ppara destravar uma obra importante.
“Colocamos um ponto final nesta disputa e a gente vai conseguir decolar, fazer as obras que a concessionária precisa. E com isso ganha alternativas de voos, companhias aéreas e a gente está feliz por isso.”
A área do aeroclube ocupa atualmente inclui uma sede e dois hangares para guarda de aviões e equipamentos. O espaço aparece como ponto de demolição em um mapa da VOA SP para o local.
O anúncio teve as presenças do vice-prefeito Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho, bem como do presidente da Câmara, Danilo Bigeschi. O chefe-de-gabinete Rafael Takamitsu também participou

Novo terminal
O novo terminal prevê aproveitar ponto da estrutura atual, agregar um boulevard comercial e de serviços, que permite à VOA SP alugar espaços.
Além disso, prevê ampliar pátio e oferecer estrutura opara pelo menos três embarques e desembarques simultâneos.
Atualmente a cidade tem apenas uma linha pela Azul com chegada e retorno para Campinas. Além de ficar fora de centros como São Paulo ou voos turísticos, depende de conexões, que repetidos casos de atrasos ou cancelamentos complicam ainda mais.