
Marília - Em cinco dias de mobilização, a reação contra ação policial que destruiu produção, medicamentos e fechou laboratório de cannabis medicinal em Lins provoca uma petição pública para libertar dirigente e reação nacional de apoio à Santa Gaia, a associação alvo da polícia.
A petição busca a libertação de Guilherme Viel, fundador da associação, que a polícia enquadra como crime de tráfico pela atuação da entidade. A Santa Gaia tem dois anos de atuação e, além disso, pelo menos dois procedimentos de liberação em tramitação na Justiça.
“A associação tem trajetória reconhecida em Lins (SP) e em todo o país”, diz a petição. Cita ainda atendimento a crianças, idosos e pessoas com condições graves como epilepsia, Parkinson, Alzheimer, câncer e dores crônicas.
Lista 170 famílias que recebem medicação gratuitamente, bem como 97 pacientes são atendidos sem custo pela clínica social. A associação mobiliza 53 colaboradores.
“A prisão do presidente da Santa Gaia é um equívoco grave que atinge não apenas uma liderança, mas toda uma rede de cuidado e solidariedade”, diz. Está disponível para assinar de forma online – aqui –

Além disso, a mobilização reúne personalidades, como o deputado estadual Eduardo Suplicy ou o ministro Paulo Teixeira, médicos, profissionais de saúde e pacientes.
Tem mensagens de apoio em todas as regiões do país, bem como apontamento de 9.000 pacientes que deixam de ter acesso aos remédios.
A polícia justifica a ação por ‘queixa de vizinhos’ e um ofício do Ministério Público para apuração e, além disso, teve autorização judicial para a busca.
A reação enfrenta alguns obstáculos técnicos, inclusive, como cancelamento da página oficial da associação no Instagram.