Ação policial na Santa Gaia, de cannabis em Lins, provoca petição e reação nacional

A Polícia Civil desmontou a operação de uma associação Santa Gaia, com quase três anos de atividade, e produção de cannabis medicinal em Lins (70 km de Marília).

O provoca reação em diversas cidades e até em outros Estados do país. A entidade aponta envio de medicamentos a 9.000 pacientes.

Segundo o delegado Arthur Nogueira, da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes), a associação não tem autorização .

Contudo, a Gaia disse em nota oficial que tem dois procedimentos judiciais – incluindo Justiça Federal- para liberação.

A operação apreendeu 560 pés de cannabis, além de folhas dezenas de flores para extração de óleo. Recolheu, inclusive, canabidiol, o óleo da cannabis, em frascos para envio a pacientes.

O delegado informou que recebeu ofício do Ministério Público para apuração da atuação da entidade. Além disso, apontou queixa de ‘vizinhança’ em relação ao cheiro e produção no local.

A apreensão recolheu equipamentos e prendeu o dirigente da associação com base na lei de tráfico. Além, inviabilizou qualquer atividade imediata, mesmo que haja liberação rápida.

A Santa Gaia tem dois anos de atuação e em comunicado oficial disse que a operação foi uma surpresa.

Repercussão

A repercussão chegou à Assembleia Legislativa, com manifestação de repúdio pelo deputado estadual Eduardo Suplicy.

Além disso, médicos e outros profissionais de saúde, bem como pacientes, apoiadores e advogados manifestam apoio à associação. Os depoimentos estão, inclusive, na conta da @a.santagaia no Instagram

“É associação civil legalmente constituída, com atuação pública e transparente, dedicada ao acesso seguro à Cannabis Medicinal”, diz a nota.

Segundo a associação, os produtos atendem pacientes de diferentes faixas etárias. Além disso, oferecem suporte a tratamento de epilepsia, Parkinson, Alzheimer, câncer e dores crônicas.

Lista, inclusive, 170 famílias com atendimento gratuito, 97 pacientes em acompanhamento pela clínica social., Lista ainda 53 colaboradores em atividade,

“A associação mantém laboratórios estruturados, cultivo de excelência e
conformidade com normas sanitárias”, diz.