Colunista | Fábio Gonçalves

Vira e mexe escuto alguém falar que aquele tempo era bom. Mas que tempo era bom? O dos seus avós, dos seus pais, dos seus tios, ou mesmo dos irmãos e primos mais velhos. Não existe isso de aquele tempo era bom, o que existe são os dias atuais. É claro que que somos saudosistas, e nossas lembranças e memórias fazem parte das nossas vidas. E pior, muitos preferem viver naquele tempo e esquecem de viver nesse tempo.

Não podemos fazer isso, o passado literalmente já passou, o nosso tempo de grupo escolar era bom, mas fazia parte da nossa etapa de crescimento, e o que falar então do nosso tempo de educação infantil, ou mais precisamente, no tempo do parque. Ah como era bom, as descobertas eram constantes e aconteciam no mesmo instante que sumiam. Tudo se transforma tão rápido que as vezes não dava tempo nem de aproveitarmos.

Depois veio a adolescência e os anos 80, as bandas, os filmes, as novelas, as paixões, as ilusões e desilusões. Eram bons e de repente o que era bom acabou e se transformou em tempo de trabalho, de faculdade, de formação, consolidação, decepção e por que não, de consagração.

A verdade é que tanto a infância, como a adolescência, o amadurecimento, a terceira idade foram e serão bons tempos. E é justamente isso que importa, vivermos bem em nosso tempo, no tempo de Deus e resto é apenas uma passagem para uma vida melhor.


Giro Marília -Fábio Gonçalves
Fábio Gonçalves
Historiador e pedagogo formado pela Unesp, é professor em Marília

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