O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), reeleito para seu terceiro mandato,  anunciou nesta quinta-feira em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que vai desistir do cargo e deixar o país por um tempo. O motivo: ameaças de morte agravadas.

“Não quero ser mártir, quero viver”, disse Wyllys em um dos trechos da entrevista. O deputado, que já anda com escolta policial em função das ameaças sofridas., disse que “preservar a vida ameaçada é também uma estratégia de luta”.

O deputado está no exterior e não pretende voltar para a cerimônia de posse. O suplente de Jean Wyllys é o vereador carioca David Miranda (PSOL-RJ).


O PSOL reconhece que ele se tornou um "alvo" e apoiou a decisão. O partido é o mesmo de Marielle Franco, vereadora carioca assassinada, e do deputado federal eleito Marcelo Freixo, alvo de um plano de atentado descoberto pela polícia.

Jean Wyllys foi eleito pela primeira vez em 2010 e deu visibilidade para pautas da comunidade LGBT no Legislativo, o que rendeu a ele inimigos, pressão e até agressões.

A assessoria do deputado lembrou ainda as repetidas campanhas de fake news contra ele. Em um dos casos, o deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL), foi condenado por divulgar mensagem em que acusa Wyllys de defender pedofilia.



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