O ex-prefeito de Vera Cruz, Antonio Rodolfo Devito, protocolou na vara de Execuções Criminais de Marília um pedido formal para ser incluído no projeto de indulto humanitário editado no final do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Devito cumpre pena de prisão domiciliar após condenação por improbidade em processo que rejeitou um contrato de terceirização de serviços da saúde quando ele era prefeito da cidade, em 2004.

O ex-prefeito deveria cumprir serviços à comunidade, mas alegou problemas de saúde e transformou a pena em prisão domiciliar.

O Ministério Público já apresentou um parecer sobre o caso e defendeu a rejeição do pedido. Segundo o MP, Devito não mostrou estar em fase terminal de doença e nem cumpre pena em estabelecimento prisional, que seriam requisitos para a medida.

O pedido tramita de forma paralela ao processo de acompanhamento do cumprimento de pena, que deve ter uma audiência nesta terça-feira, dia 28, para investigar denúncia de que o ex-prefeito descumpriu a ordem de ficar em casa após 22h. Devito deve ser apresentar no fórum de Marília às 14h30.

Devito teria saído para acompanhar a esposa, a prefeita Renata Devito, durante uma crise de abastecimento em que a administração denunciou furto de cabos elétricos da mina que abastece a cidade.

O caso foi denunciado à noite e o ex-prefeito foi filmado participando de encontro no local e até orientando formas de buscas dos cabos, que acabaram localizados.

Após a gravação do vídeo, policiais que estavam no local foram alertados sobre a presença do ex-prefeito. Pouco depois Devito teria deixado o local.



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