04/02/2019 as 14:10h por: Redação do Giro Marilia
A Defesa Civil da região de Garça, responsável pelo acompanhamento de emergências em Vera Cruz, interditou os restos do barracão da Fepasa incendiado no domingo, incluindo uma área que serve como depósito de sucatas de carcaças de veículos.
A medida surpreendeu donos do material que tentaram a retirada e abriu mais uma polêmica sobre o caso: a regulamentação do espaço e cessão de uso do prédio para a atividade.
O barracão vinha sendo utilizado como depósito de entulho e material inservível, como móveis usados, além dos veículos. Algumas das carcaças foram atingidas pelo fogo, que destruiu a maior parte do prédio. Restos de paredes em risco foram derrubadas. A área preservada das carcaças foi protegida por um muro construído recentemente e que impediu a passagem do fogo.
Segundo um comunicado da prefeitura, o prédio era usado há seis anos como ponto de descarte e coletores autônomos que faziam a triagem e reciclagem de materiais.
“Não se sabe ainda as causas do incêndio, mas a Prefeitura de Vera Cruz já está tomando as devidas providências e a Polícia Civil deverá promover uma investigação das causas”, diz o comunicado.
Imagens divulgadas por moradores durante o incêndio mostram pontos de queimada fora do prédio, em pilhas de entulho e material inflamável que era deixado ao lado do barracão.
O prédio serviu durante anos como armazém de apoio a transporte pela ferrovia. Com o fim da Fepasa e privatização das ferrovias, empresas assumiram provisoriamente a área até sua devolução para a Advocacia Geral da União.
Desde 2017 tramitam na Câmara da cidade propostas para regulamentar e organizar a ocupação dos barracões a partir da atuação dos catadores, mas nenhum projeto regular foi adotado.
Apesar de ficar no centro da cidade, o barracão é isolado de imóveis e não foram relatados danos ou riscos graves contra moradias vizinhas
Veja abaixo o comunicado da prefeitura sobre o caso, divulgado na tarde de domingo, e fotos do prédio e do depósito de sucata.