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Ambulância do SAMU terá bolsas para transfusão de sangue arrow-options
André Gustavo / Stumpf / Creative Commons
Ambulância do SAMU terá bolsas para transfusão de sangue

A partir de março será implantado em Bragança Paulista  um projeto pioneiro que consiste em transportar bolsas de sangue 24 horas por dia nas viaturas do SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência . O intuito é atender aos 475 mil habitantes das 11 cidades da região, onde são realizados cerca de 4.500 atendimentos emergenciais mensais. 

A implementação das bolsas de sangue nas viaturas deve mostrar eficiência, principalmente, às vítimas de casos como choque hemorrágico, politraumas, hemorrogias, puérperas, entre outras situações que envolvem sangramento abundante.

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Segundo o diretor técnico  SAMU , Lucas Certain, a conservação e o armazenamento não apropriados das bolsas de sangue pode ser fatal aos pacientes e, por isso, para a efetividade da transfusão de caráter emergencial, é essencial que haja um monitoramento contínuo da temperatura dos compartimentos, mantendo-os sempre entre 1°C a 10°C, como prevêem as normas da Anvisa e do Ministério da Saúde.


Para isso, o serviço, pioneiro na América do Sul, contará com o Polar Sat - equipamento de monitoramento térmico e geolocalização em tempo real. "A Austrália foi pioneira neste serviço, e além dela outros 11 países dispõem de componentes sanguíneos em suas ambulâncias e helicópteros, onde estudos civis e militares demonstraram redução de mortalidade. A diferença é que os data loggers deles são retrospectivos; ou seja, se der algum problema de temperatura, eles só vão descobrir depois que transfundiu para o paciente", explica.

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Segundo ele, o serviço que será implantado em Bragança será mais seguro e eficaz, já que com o dispositivo Polar Sat é possível monitorar a quantidade de hemácias de forma contínua, 24 horas por dia.

O projeto conta com a parceria do Hospital Universitário São Francisco e espera diminuir as principais causas de morte por sangramentos no Brasil. Hoje, a principal causa de óbitos no país é o trauma, que acomete pessoas de 1 a 44 anos, seguidos de pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco e obstrução de via aérea.


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