O segundo sargento da Polícia Militar, Alan Fabrício Ferreira, afirmou ter apenas “cumprido a lei” quando apreendeu o veículo da vereadora Professora Daniela (PL), na madrugada do dia 16 de agosto deste ano.

A declaração consta no depoimento prestado na manhã desta terça-feira (20) à ‘CP da Carteirada’, instalada na Câmara Municipal de Marília para apurar eventual quebra de decoro parlamentar da vereadora.

O sargento afirmou não ter deixado de seguir tanto a normativa interna da Polícia Militar quanto o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).


“O veículo da vereadora, no caso, estava com licenciamento em atraso. Mesmo que tivesse havido pagamento, teria que ser recolhido por más condições de uso”, explicou.

O sargento afirmou ainda não saber que se tratava de um carro pertencente a uma parlamentar até a chegada de Marcos D’Avila, marido da vereadora.

Alan afirmou que em 23 anos de serviço prestado à PM, completados nesta terça (20) “nunca havia sido abordado por nenhum comandante pedindo a liberação do veículo ou para não fazer nada”.

Sabatinado pela presidência da CP, o sargento também respondeu às perguntas feitas pelos advogados de defesa e acusação.

Questionado sobre os laudos apresentados pela defesa, que atestariam a integridade dos pneus do veículo, Alan afirmou ter havido “aferimento com equipamentos diferentes”.

“A Resolução 558 de 1980 é muito clara quando diz que a verificação é visual. Mantenho a minha avaliação”, disse.

Além do sargento, também foi ouvido pela CP o cabo Marco Aurélio Ragassi, que estava junto no momento da apreensão do veículo da vereadora.

Ele afirmou que sua participação limitou-se apenas à abordagem e à elaboração do certificado de recolha do veículo. “Apenas atendi as determinações do sargento Alan!”, disse.

Os depoimentos da CP da Carteirada prosseguem nesta quarta-feira (21) com a palavra das testemunhas de defesa.

Ainda antes da audiência desta terça (21), a defesa da vereadora pediu a anulação dos depoimentos pela ausência do relator, Mário Coraíni Junior (PTB), que apresentou atestado de saúde. A presidência negou.

A defesa alegou ainda que duas das testemunhas não poderiam estar presentes nesta quarta (21) por motivo de viagem. A presidência deu prazo de 48 horas, a contar desta terça (20) para que se apresentem. A presença da comandante Cristal, seja quarta ou quinta, não está confirmada.


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