O empresário Adriano Luís Martins, presidente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília) e dirigente em cinco empresas no setor de tecnologia, apresentou nesta segunda-feira a um grupo de rotarianos, empresários e profissionais liberais uma palestra sobe uso, riscos e vantagens de moedas virtuais.

O encontro, com presença de 25 profissionais, foi promovido pelo Rotary Club de Marília-Leste com convidados de outros clubes e profissionais do setor em Marília e Pompéia.

Segundo Adriano Martins, o uso das moedas virtuais oferece benefícios em agilidade, baixo custo e segurança para transações instantâneas, em qualquer horário, para qualquer lugar do mundo.

“Estamos em uma transição. Como no passado vivemos a transição da troca de sal pelas primeiras moedas, da mudança de sistemas de transferências de recursos”, disse o empresário.

A palestra alertou para alguns riscos e mostrou que assim como investimentos em ações, a movimentação e valorização da moeda virtual pode ser influenciada por processos de especulação, demanda e oferta.

O empresário destacou ainda que a principal inovação não está nas moedas, mas no sistema de gerenciamento e arquivo de informações que elas usam, os ‘block chains’, em tradução simples cadeias de blocos de informações.

“Mais importante que entender as moedas é entender esse conceito de compartilhamento de informações, de forma descentralizada, segura. A Petrobras, bancos, licitações em diversas cidades do mundo usam hoje o modelo de block chains”, explica Adriano.

As informações são compartilhadas em centenas de computadores, não podem ser excluídas, ganham transparência e ao mesmo tempo segurança.

Ainda de acordo com Adriano Martins, assim como as moedas oficiais, as cripto moedas dependem de lastros, têm limites de valores a serem criados. Com isso, as moedas mais popularizadas, que em alguns países já podem ser usadas para pagar contas ou impostos, ganham valorização.

As moedas podem ser adquiridas em fragmentos ou por unidades. A bitcoin, que é a mais conhecida, vale hoje em torno de 4.000 dólares – algo perto dos R$ 16 mil.

Podem ser compradas em casas de câmbio e mantidas em ‘carteiras eletrônicas’ que podem ser arquivadas em agências especializadas, no próprio computador e especialmente em pen drives, a forma mais segura.

O empresário Gilberto Zochio, dirigente da Hidráulica Paulista e da Acim, associado ao Rotary Marília-Leste, destacou a importância do encontro.

“É um tem que está na mídia todos os dias, que movimenta bancos, que chama a atenção dos órgãos oficiais e a palestra foi bastante informativa, muito esclarecedora. Em curto prazo todos vamos precisar entender melhor as cripto moedas, os block chains e a cidade tem um especialista na área”, destacou
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