Estudantes e funcionários em assembleia que decidiu protesto - Divulgação

Estudantes de medicina e enfermagem do complexo Famema marcaram uma paralisação para a próxima quarta-feira (29) em protesto contra redução de 25% nos repasses de recursos para a instituição e o que apontam como prejuízos no atendimento, aulas e qualificação.

A Famema acumula déficit de R$ 7 milhões por causa da redução nos repasses e que já causa prejuízos, como cirurgias canceladas, afastamento de pediatras, anestesistas e agora suspensão de estágios. Atrasos no pagamento de aluguel de estruturas usados pela faculdade é outra consequência da crise.

Pacentes jpá vivem o resultado da crise com a perda do atendimento. 
Segundo o estudante Pedro Carlstron, 20, coordenador do Diretório Acadêmico de Medicina e aluno do terceiro ano,  as medidas prejudicam também o ensino.

Além dos problemas imediatos, como a falta de médicos na pediatria, está ameaçada a qualificação dos futuros médicos e de alunos que atendem a população no HC e no Hospital Materno Infantil.

“O estágio de cirurgia torácica foi suspenso. A biblioteca está sem máquina de xerox por fata de tonner. Professores são deslocados para socorrer atendimento no hospital”, disse o estudante.

Os alunos e alguns funcionários devem participar e além de paralisar atividades vão fazer uma passeata, distribuir panfletos à população e seguir até à Prefeitura de Marília, onde pretendem discutir o problema com o prefeito Vinícius Camarinha.

“A intenção é deixar claro para a população o que está acontecendo com o atendimento e com a faculdade”, afirmou a coordenadora do DA de Enfermagem, Maria Luiza Guidinho Soares, 22.

DÉFICIT

Segundo a Faculdade, o corte ocorreu por queda nos repasses do sistema de saúde. O Complexo HC e Famema recebe 12 pagamentos anuais, com os quais precisa bancar toda a estrutura, inclusive o 13º no final do ano.


Com os pagamentos, o complexo chegou a 2015 com déficit orçamentário próximo de R$ 1 milhão e pretendia fazer a reposição com pagamentos de repasses em janeiro para cobrir.  Mas os repasses seguiram em queda, a situação financeira foi agravada e os cortes começaram. Anestesistas de contratos terceirizados ficaram sem pagamento e cancelaram serviços. Depois foram pediatras.

A próxima medida deste quadro será tomada amanha (sexta-feira, 24) quando o HC deixa de atender demanda direta, ou seja, público que vai ao hospital sem passar pelas unidades de saúde. Apenas os casos de emergência e urgência serão atendidos. 



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