21/05/2020 as 14:00h por: IG - Economia
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"Nesse momento difícil que o trabalhador enfrenta - alguns perderam seus empregos, outros tendo salário reduzido, os informais que foram duramente atingidos nesse momento - buscar maneiras de, ao restringirmos alguma coisa até 31 de dezembro do ano que vem - isso tem a ver com servidor público da União, Estados e municípios - nós possamos vencer essa crise", argumentou Bolsonaro.
De acordo com Bolsonaro, é importante que haja um consenso nesse sentido. "O mais importante: se possível, sair uma proposta aqui por unanimidade de nós, ao vetarmos quatro dispositivos, um que é de extrema importância, que esse veto venha a ser mantido por parte do parlamento. Porque é assim que vamos construir nossa política, nos entendendo cada vez mais", disse o presidente.
Em nome de todos os governadores, o chefe do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), pediu que o presidente inicie os pagamentos a estados ainda este mês. "Pedir, presidente, se for a intenção do senhor a sanção, que realmente, se possível, foi uma unanimidade dos governadores, que possa fazer liberação dessa primeira parcela ainda no mês de maio, isso é crucial para os entes federados, porque estamos vivendo um momento de perda brutal de nossas receitas", pediu o governador.
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Ainda em nome de todos, Azambuja pediu que Bolsonaro não vete a parte do projeto que permite que bancos façam aditivos nos contratos de pagamentos de débitos. "Muito importante que mantenha integralidade do artigo 4º", afirmou. Ele ainda solicitou que Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES definam, junto a estados e municípios, regras para fazer aditivos nos contratos dessas dívidas.
Durante a conversa, Azambuja afirmou que os governadores apoiariam Bolsonaro no veto relacionado aos reajustes salariais. "Acho que é momento da unidade nacional, presidente. Então, a maioria dos governadores entende importante, se assim o senhor achar, vetar esse artigo dos aumentos salariais", afirmou o governador.
De acordo com Bolsonaro, a sanção do auxílio a estados e municípios deve ser feita ainda hoje, mantendo os vetos. "O governo federal, ao lado aqui dos presidentes da Câmara e do Senado, se Deus quiser sancionará hoje mesmo esse projeto, com vetos, os quais, segundo nosso entendimento e com toda a certeza da maioria senão totalidade dos senhores governadores, deve ser mantido. Isso é bom para todos nós", afirmou o presidente.