A Associação Ambientalista de Marília – ONG Origem – vai pedir a intervenção do CADES (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) de Marília para investigação de uma grande queimada que atingiu região de bairros nobres em torno da represa Cascata no final de semana.

A organização denuncia a perda de árvores protegidas por lei, algumas espécies em risco “crítico” de extinção e a previsível morte de animais, incluindo algumas espécies protegidas.

O incêndio que atingiu áreas próximas a novos loteamentos imobiliários, condomínios, propagando-se por pastos contíguos. Segundo a organização, também atingiu residências, pomares, árvores e outros tipos de plantas.

“Uma moradora vizinha, que teve seu pomar e horta destruídos, disse que o fogo começou na ‘área de trás’, no sentido de um dos loteamentos. Ela sentiu falta hoje de um teiú-gigante (Salvator merianae), que segundo ela, ‘visitava o pomar’. Encontramos a toca do animal, queimada, próxima de uma das araucárias. Não sabemos se está morto lá ou se conseguiu fugir a tempo”, diz um comunicado da organização.

Caso seja indicada a queimada proposital, a medida implica sanções administrativas, como multas, e os danos à vegetação preservada e aos animais pode configurar crime ambiental, com penas que incluem até detenção.

A temporada sem chuva e de mato seco é muito aproveitada para queimadas como forma de limpar terrenos e grandes áreas. Os casos tornem-se comuns à beira de rodovias e em lotes desocupados.

O fogo na região da Cascata foi registrado na noite de sábado e pelo tamanho das propriedades envolvidas atingiu grandes proporções.



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