
Marília - Consumidores mais conscientes e marcas mais estratégicas definem o novo cenário da Black Friday, marcada por planejamento, tecnologia e busca por experiências autênticas
Todo mundo está falando da Black Friday 2025. E não é à toa. O evento, que há mais de uma década deixou de ser apenas uma data de promoções para se tornar um marco do calendário econômico brasileiro, chega este ano em um contexto de amadurecimento tanto do consumidor quanto das marcas.
Se antes o grande atrativo era o desconto, e a pressa em garantir o “melhor preço”, hoje o comportamento é outro: o brasileiro aprendeu a esperar, a pesquisar e a comparar.
Um levantamento da Tray, em parceria com a Opinion Box, indica que mais de 70% dos consumidores pretendem se planejar com antecedência para as compras de novembro.
E esse planejamento não é apenas financeiro, mas também estratégico: envolve acompanhar o histórico de preços, definir prioridades e usar a tecnologia a seu favor.
Ao mesmo tempo, o varejo vive um movimento curioso. Depois de anos de euforia digital, 2025 mostra uma busca por equilíbrio entre o físico e o online.
As lojas virtuais seguem em expansão, mas o ponto de venda volta a ter protagonismo, agora impulsionado por soluções omnichannel, retiradas rápidas e experiências personalizadas.
A inteligência artificial, que parecia um recurso distante, hoje é parte central dessa engrenagem.
Ferramentas preditivas ajudam a entender o comportamento do cliente, ajustar estoques e criar campanhas cada vez mais assertivas.
Três pilares para a Black Friday 2025
Com base nas tendências apontadas, três frentes se destacam para quem quer aproveitar o potencial da data:
- Operação estruturada: revise processos logísticos, garanta canais de atendimento ativos e prepare o suporte para picos de demanda.
- Comunicação coerente: evite promessas irreais. Trabalhe com descontos verdadeiros e campanhas que reforcem a confiança.
- Experiência integrada: ofereça variedade de pagamentos, navegação intuitiva e transparência em todo o percurso do cliente.
No entanto, essa sofisticação tecnológica trouxe um novo desafio: como manter o toque humano em meio a tanta automação?
A Black Friday, nesse sentido, funciona como um termômetro da maturidade do consumo digital brasileiro. A data revela o quanto o público evoluiu em consciência e o quanto as empresas precisam acompanhar esse ritmo, não apenas com descontos agressivos, mas com transparência, propósito e eficiência.
Enquanto as marcas afinam suas estratégias e o consumidor prepara sua lista de desejos, uma coisa é certa: 2025 será um ano em que preço e valor caminharão juntos. Porque, no fim das contas, o que está em jogo na Black Friday não é apenas o que se compra, mas o modo como escolhemos consumir.
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Jornalista e digital PR, atua entre cultura, tecnologia e narrativas que conectam.
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