Marília - O dia 19 de fevereiro de 2025 ficará registrado como o ponto de partida de uma nova era para o agronegócio brasileiro. Naquela data, um grupo de reitores de instituições de ensino superior com vocação para o agro visitou, a partir de uma iniciativa do SEMESP, a nova planta da Jacto, em Paulópolis, distrito de Pompeia.
Durante a visita, os desafios e as possibilidades trazidos pela tecnologia — especialmente pela inteligência artificial — foram apresentados de forma visionária, despertando entre os representantes da Universidade de Marília (UNIMAR) uma reflexão profunda sobre o futuro da agricultura e da educação.
Do pós-apocalíptico ao pós-apoteótico
O cinema de ficção científica, tantas vezes, nos mostrou enredos em que a tecnologia é apresentada como vilã. Máquinas fora de controle, inteligências artificiais hostis, catástrofes ambientais desencadeadas pelo mau uso da ciência. Esses roteiros apocalípticos sempre nos alertaram para os riscos de um futuro em que o ser humano se distancia da natureza e esquece sua responsabilidade de cuidar do planeta.
UNIMAR e Jacto, com o apoio fundamental de parceiros como a Metos, a On Soil e a Cropman, dão início a uma narrativa diferente. Não será o filme de um mundo pós-apocalíptico. Aqui, começamos a escrever um roteiro pós-apoteótico, de celebração, em que a tecnologia não destrói, mas salva; em que a ciência não ameaça, mas preserva; em que o agro, fortalecido pela agricultura de precisão, gera alimentos para todos e garante a sustentabilidade do meio ambiente.
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Um laboratório para o futuro
O FarmLab nasce como um espaço de inovação, de experimentação e de compromisso com o futuro. Ele simboliza a união entre a excelência acadêmica da Unimar e a tradição tecnológica da Jacto, reforçada pelos parceiros que aqui se somam, para transformar conhecimento em soluções concretas. É o encontro entre pesquisa, prática e propósito.
Tecnologia que preserva, ciência que alimenta
Não estamos diante de ficção. Estamos diante de realidade. Aqui, no FarmLab, sementes de ideias germinam em soluções para a agricultura sustentável. Máquinas inteligentes, sensores e dados não são ameaças, mas instrumentos que nos permitem produzir mais, com menos recursos, respeitando os ciclos da terra, cuidando da água, preservando o solo e assegurando qualidade de vida para as futuras gerações.
Fazendo o futuro
Se o cinema tantas vezes nos advertiu sobre futuros sombrios, hoje, nesta inauguração, declaramos que escolhemos outro caminho. O caminho da cooperação, da inovação responsável, do compromisso com a vida.
Encerrando, trago as palavras do pesquisador Peter Drucker: “A melhor forma de prever o futuro é fazendo-o.” E é exatamente isso que estamos fazendo. No FarmLab, Unimar e Jacto estão fazendo o futuro.
Professor da Universidade de Marília – UNIMAR - e Procurador da República.
