Marília - A família de Alexandre Bernardi, 38, mostra um diário de medos e alegrias na recuperação do motorista, vítima de lesões graves após briga de trânsito em Marília.
‘Todo dia uma luta’ ou ‘e se fosse o seu filho’ são alguns dos termos em postagens com imagens, às vezes mais fortes, para desabafos, relatos ou esperança de medidas judiciais.
É um processo que começou na noite de 8 de fevereiro, quando Alexandre teve conflito com dois homens após colisão de veículos.
O caso tem relatos de agressões, queda de quatro metros de altura e meses de UTI. Quase seis meses depois, ele tem dificuldades de fala, mobilidade, alimentação, respiração, memória e mais.
As imagens mostram Alexandre muito mais magro, além dos sinais de sequelas e lesões. Ele sofreu traumatismo crânio encefálico e diferentes fraturas e, além disso, cirurgias e complicações.
No hospital ou agora, em casa, a recuperação após a briga de trânsito repetiu avanços e retrocessos, como tirar e retomar sonda para alimentação.
Desafios diários
“Todo dia é uma luta”, diz uma das postagens que mostra dias mais agitado ou apático, bem como dias sem conseguir comer ou tomar água.
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As reações incluem poesia, sensações de perdas e conquistas – ‘parte de mim morreu, parte de mim renasceu’ -. Neste sentido, relatam ainda medos – como ‘susto’ no primeiro dia dele em casa após alta – e alegrias: “quando sorri, que é pouco, me enche o coração de alegria”.
A mãe, Maria Amália, foi a primeira a levar o caso para as redes sociais, ainda em início de investigações, com pressão pela apuração.
Nas últimas semanas Amália relatou impactos em saúde – física e mental – pelo caso e reduziu as manifestações. Mas a família mantém as atualizações sobre a recuperação e o processo criminal pela briga de trânsito.
Indignação e expectativa com justiça
Há mensagens em desabafos ou indignação, como a expectativa da irmã por avanço nas medidas judiciais. O caso provocou denúncia de tentativa de homicídio por dolo eventual. A primeira audiência deve acontecer em setembro e tem o empresário Thiago Carrara no banco dos réus.
Há ainda denúncia de omissão de socorro que envolve outro Thiago, cunhado do empresário, que estava com ele naquela noite. Os dois negam agressão, Thiago diz que nem, viu a cada na rua em frente ao Marília Shopping, apesar do depoimento de testemunha contra ele.
“Não sei de onde tiramos forças, psicológicas, físicas, para passar por tudo isso e ainda não sabemos até quando será essa luta pela recuperação. Mas vamos continuar até o fim.”
