
Vera Cruz - O vendedor Rodrigo Henrique de Souza, preso pelo feminicídio de Lucimara Nunes a facadas em Vera Cruz, vai continuar na cadeia.
A decisão é da 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça que rejeitou um habeas corpus para libertar Rodrigo.
O pedido da defesa acusava falha técnica no flagrante e defendia conversão da prisão em medidas cautelares. Não convenceu os desembargadores que, assim, rejeitaram por unanimidade.
“Tão logo ocorreu o delito em torno de meio-dia, diligências foram encetadas por policiais da cidade”, diz a decisão. “Além disso, tal atividade, apesar de prolongada, foi, ao que consta, ininterrupta.”
O desembargador Herman Herschander, relator do caso, destacou ainda a ‘extrema gravidade’ do feminicídio.
Citou meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, que, segundo ele, “aponta para a periculosidade” do vendedor.
Nesse sentido, concluiu que a prisão é “necessária para garantia da ordem pública”.

Rodrigo e Lucimara tiveram relacionamento que acabou com denúncia de violência e ordem judicial de distanciamento. Além disso, ele é já tem histórico de denúncia de violência contra mulher.
No dia 2 de agosto, um sábado de sol, Rodrigo parou o carro próximo à casa da irmã de Lucimara.
Caminhou até o endereço com a faca, correu ao ver Lucimara, que voltou para dentro da casa. Invadiu o imóvel e apesar dos gritos e pedidos atacou a mulher com vários golpes de faca.
Fugiu correndo e as buscas encontraram seu carro horas depois em Marília. Durante a fuga, ele abandonou o veículo ainda em movimento, mas acabou preso pouco depois em Pompeia.
Relatos da familiares de Lucimara indicam que ao chegar à delegacia, ainda na viatura, ele sorriu e fez caretas para eles.