Presidente da Examar, Maurício Maldonado, com o deputado Capitão Augusto, defensor de rodeios, em publicação para defender eventos - Reprodução/Facebook

Uma mobilização para reativar rodeios em Marília, proibidos por decisão judicial desde 2009, já chegou à Câmara da cidade e provoca polêmica. Uma minuta de projeto para regulamentar a organização de eventos com animais foi elaborada pela direção da Examar e já teria o apoio do vereador Evandro Galete.

A divulgação da medida já provocou organização de um protesto marcado para o dia 21, sem horário definido, que deve mobilizar protetores de animais independentes e diferentes organizações de proteção.

A proposta de lei foi divulgada pelo presidente da Examar, o advogado Maurício Maldonado Gongaza, em publicação em redes sociais. Maldonado diz que elaborou pessoalmente a proposta e também bsca apoio do deputado federal Capitão Augusto, policial de Ourinhos e defensor dos rodeios.

“Não basta apena falar ou torcer, temos que fazer, sendo assim eu que sou Presidente da EXAMAR Marília, estive em reunião com o Deputado Capitão Augusto, para pedir apoio para um lei de rodeio municipal que eu mesmo elaborei e ja foi apadrinhada pelo nosso vereador Evandro De Oliveira Galete”, disse Maldonado em sua postagem.

Os protetores e ONGs aproveitam a publicação para antecipar protestos à apresentação formal do projeto, que não entrou ainda na pauta de discussões da Câmara.

A advogada e protetora Fernanda Costa, da ONG Adote Animais, já tem uma relação de 40 pessoas interessadas em participar  da manifestação e aguarda manifestação de outras ONGs e protetores para a manifestação do dia 24, a partir de 18h.

A idéia inicial é uma concentração em frente à Câmara e prefeitura, que pode evoluir para passeata e outras medidas, inclusive judiciais, contra iniciativas da Câmara para liberar os rodeios.

Os rodeios têm sido bloqueados em Marília graças a uma ação judicial da Upam – União Protetora dos Animais de Marília, que em 2009 conseguiu uma liminar, confirmada em 2011, contra eventos que provoquem qualquer tipo de risco, lesão, dores ou maus tratos a animais.

“Quando se trata de exibir ou utilizar animais em eventos públicos e de diversão para a massa, inclusive em festas do peão-boiadeiro, existe ora um transporte irregular ou precário de animais, ora espaços reduzidos e torturantes, ora a fome e sede dos bichos como forma de se exigir comportamentos com recompensas posteriores, ora flagrantes maus tratos”, diz a sentença da 4ª Vara Cível de Marília para proibir os eventos.



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