Não foi só o distrito Avencas que ganhou lixão com a crise da coleta de lixo em Marília. Chácaras em regiões urbanizadas, que pagam IPTU mas convivem com falta de asfalto, animais soltos e outros problemas urbanos graves, acumulam semanas sem lixeiro e muita sujeira espalhada pelas ruas.

Conjunto de moradores da zona sul, em área rural que acabou engolida pela cidade, vive há semanas sem passagem do caminhão. O resultado está em lixeiras entupidas, lixo acumulado pelo chão e sacos que são arrastados pela chuva, vento e animais.

Além do mal cheiro, a abertura dos sacos por cães e outros animais espalha sujeira das casas, larvas e agrava situações de risco como criadouros de mosquito da dengue e leishmaniose, entre outras situações.

Segundo moradores consultados pelo Giro Marília na região, o problema já foi relatado à Prefeitura. Mas como a cidade sofre com a falta de caminhões para a coleta não há previsão de normalização dos serviços.

Mas o caso não deve parar nas reclamações. Como pagam IPTU – que inclui as taxas de limpeza – os moradores ameaçam tomar medidas judiciais e procurar a Cetesb e o Ministério Público.

A coleta de lixo naufragou após a eleição mas é resultado de uma crise que começou no início do ano, quando a Prefeitura passou a aplicar calote nos pagamentos para a empresa Monte Azul, terceirizada para coleta e transbordo do lixo para aterros sanitários de outras cidades.

Sem receber, a empresa parou de fazer a coleta. Um projeto na Câmara tenta obter parcelamento de débitos, que seria primeiro passo para abrir negociação com a empresa. Quebrada, a Prefeitura não consegue comprar caminhões para adequar a limpeza com equipes próprias.


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