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Museu faz dez anos com público fiel da região

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Museu faz dez anos com público fiel da região

O Museu Paleontológico de Marília completa dez anos no próximo dia 25 de novembro e mostra maturidade com público regional e permanente. A data pode ser considerada importante para a própria paleontologia brasileira: é o segundo do estado e o único da região oeste paulista, o que leva o nome da cidade para o Brasil e o mundo.

“É um espaço científico, cultural e turístico de grande relevância não só para o interior paulista, mas para todo o Brasil, devido a exposição de fósseis de dinossauros e crocodilos coletados aqui na região, alguns deles são famosos praticamente no mundo inteiro, dessa forma é um espaço de grande relevância para a ciência paleontológica, para a ciência de um modo geral no Brasil. O museu faz uma ligação entre o público e a ciência”, destaca coordenador do museu, Willian Nava.

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Nava foi o responsável pelo surgimento do espaço. Por sua atuação pessoal e voluntária começaram a ser descobertos os fósseis da cidade, que levaram inclusive à identificação de uma nova espécie, um crocodilo que leva o nome da cidade: “mariliasucus”

No museu existem cerca de 40 fósseis de espécies de dinossauros e crocodilos. O primeiro fóssil encontrado pelo paleontólogo na região foi um registro isolado de um fragmento ósseo de Titanossauro, dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 70 a 80 milhões de anos. O museu abriga também o primeiro registro de encontro de ovos de crocodilos fossilizados.

O local recebe cerca de mil visitantes por mês, vindos de locais distintos. Em 2011 ganhou maior visibilidade em todo o Brasil devido a produção de uma novela global que retratava as escavações feitas na região.

O interesse em produzir a novela surgiu quando foi descoberto o fóssil de um Titanossauro na beira da rodovia SP-333, entre Marília e Júlio Mesquita. A novela começou a ser feita durante as escavações e inclusive houve algumas gravações no local.

O Dino Titan como é conhecido levou cerca de um ano e meio para ser escavado e os pesquisadores conseguiram retirar cerca de 50% de todo o esqueleto. Segundo Willian algumas partes do Titanossauro podem ser vistas no museu, o restante está guardado e deve ir para Brasília onde serão feitos estudos que devem durar cerca de cinco ou seis anos.

“Já foram encontrados também dentes de dinossauros carnívoros, porém nunca um esqueleto”, afirma o paleontólogo.

Ainda segundo Willian é possível diferenciar um fóssil de uma rocha pela morfologia, já que existem algumas características naquilo que era um osso. Todo o material encontrado do Titanossauro já foi escavado, entretanto sempre que há a oportunidade o paleontólogo vai ao local na tentativa de encontrar as outras partes que faltam. No momento ele faz escavações de crocodilos próximos ao Rio do Peixe e de aves em Presidente Prudente.