Marília

Crise na Famema reduz horários no Hemocentro

Crise na Famema reduz horários no Hemocentro Crise na Famema reduz horários no Hemocentro Crise na Famema reduz horários no Hemocentro Crise na Famema reduz horários no Hemocentro
Hemocentro de Marília reduz horários para doadores
Hemocentro de Marília reduz horários para doadores

O Hemocentro, responsável pela coleta de sangue para uso em cirurgias e atendimento hospitalar, vai reduzir o horários para doações. A medida é mais um resultado da contenção de gastos provocado pela crise financeira do complexo Famema, responsável pelo órgão.

A informação sobre redução dos horários já é repassada ao público que procura o órgão. O Giro Marília procurou a assessoria de comunicação por telefone e encaminhou email com quesionamento sobre os cortes de horários e aguarda respostas. 

O atendimento que era feito das 7h às 18h passa a ser aberto das 7h às 13h, inclusive aos sábados. Também está suspenso o atendimento da Super Quinta, quando o Hemocentro ficava aberto .

A Famema registra desde final do ano passado queda de 25% no volume de recursos repassados pela Secretaria Estadual da Saúde. Tem um déficit de R$ 7 milhões e já cancelou cirurgias eletivas, reduziu número de profissionais no atendimento e criou restrições de atendimento a pacientes.  

O problema é que o Hemocentro já vive crise permanente de estoque e campanhas diversificadas para atrair doadores. A mudança de horário vai limitar ainda mais as opções de doadores.

A crise provocou um protesto de estudantes na manhã de ontem (29), mas apesar de todos os cortes ainda não resultou em nenhuma reação política ou da coletividade. A direção da Famema tem evitado falar sobre a crise.

Isso porque envolve embate com o governo do estado, que está em vias de assinar medida para transformar o Hospital das Clínicas em uma autarquia vinculada à Secretaria da Saúde. A medida é vista dentro da Famema como a salvação do hospital.

Segundo os estudantes, a autarquização vai abrir espaço para atendimento privado e de planos de saúde, além de abrir o hospital como suporte para faculdades privadas, e ameaçar volume de serviços pelo SUS (Sistema Único de Saúde).