O Ministério Público Federal deverá promover uma perícia oficial nos recibos apresentados como provas de pagamentos de aluguel de um apartamento de São Bernardo do Campo apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processo da Lava Jato.
Os recibos provocaram polêmica por erros de informação, falhas de digitação e suspeitas de que tenham sido emitidos e assinados todos no mesmo dia.
Dois dos recebidos apresentam datas inexistentes – 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015 – e pelo menos seis apresentam mesmo erro de grafia no nome da cidade de São Bernardo.
O apartamento é apresentado como prova de acusação de que Lula recebeu propina da empreiteira Odebrecht. Segundo a denúncia, Glaucos da Costamarques comprou o imóvel com dinheiro da empreiteira para entregar a Lula.
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Os recibos deveriam provar que a ex-primeira-dama Marisa Letícia – falecida em 2016 – pagou aluguéis desde pelo menos 2011. Apesar disso apresentou 26 recibos, 33 a menos do que o período indicado de ocupação.
Em depoimento à justiça, o dono do apartamento, Glaucos Costamarques, disse que os pagamentos teriam começado em novembro de 2015.
O imóvel era usado para abrigar os seguranças que fazem a escolta pessoal do ex-presidente. Para o MPF, Costamarques foi usado como laranja no acordo.
