A argentina Carmen Lapacó, 93, uma das fundadoras do movimento Mães da Praça de Maio, faleceu em Buenos Aires como um símbolos na defesa dos direitos humanos e denúncias dos abusos da ditadura militar daquele país.
Lapacó foi sequestrada pelo governo militar da Argentina em 1977 junto de sua filha, Alejandra Mónica Lapacó Aguiar, que tornou-se desaparecida política.
Foi uma das fundadoras do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) em 1979, importante órgão no combate à ditadura militar e que ainda trabalha em prol dos direitos humanos.
“Alejandra tinha 19 anos quando a sequestraram. Nós, com a nossa idade, estamos entretanto na Praça de Maio. Isso quer dizer que – apesar de tudo – nós continuamos”, escreveu Lapacó em sua apresentação para o programa Memoria y Derechos Humanos.
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As Mães da Praça de Maio (Madres de Plaza de Mayo) tornaram-se um dos mais reconhecidos movimentos de defesa dos direitos humanos com manifestações pacíficas em que denunciam o desaparecimento de seus filhos durante a ditadura argentina, que controlou o pais entre 1976 e 1983.
Ativistas considerados inimigos do regime militar tiveram filhos retirados de suas hgiuardas e colocados para adoção. Hem outros casos, filhos mais velhos envolvidos na resistência ao regime, foram mortos e seus despojos desapareceram.
A situação é retratada no filme La historia oficial, o primeiro da América Latina a vencer o Oscar de melhor filme estrangeiro, que mostra uma manifestação do grupo.
