Marília

Emdurb leva crise com Legião Mirim para Justiça e Zona Azul vai mudar

Emdurb leva crise com Legião Mirim para Justiça e Zona Azul vai mudar

A Emdurb, empresa de mobilidade urbana responsável pela gerência de trânsito em Marília, transformou em disputa judicial a cobrança de uma dívida da Legião Mirim, que estaria em atraso com pagamentos de repasses da venda de cartelas de zona azul na cidade.

A Prefeitura de Marília, responsável pela empresa, não divulgou detalhes das medidas judiciais ou dos valores. O prefeito Daniel Alonso já participou pessoalmente de encontro com os dirigentes da Legião Mirim para discutir a gestão do impasse.

O encontro aconteceu depois de a Emdurb protocolar na Vara da Fazenda Pública em Marília uma interpelação judicial contra a Legião Mirim. Trata-se de uma notificação judicial sobre a existência da dívida e a tomada de medidas para a cobrança.

A tramitação da causa deve ser atrasada pelo recesso da Justiça, que começou nesta quarta-feira e segue até o dia 20 de janeiro. Neste período, o Judiciário só atende em sistema de plantões e os prazos processuais ficam suspensos.

A dívida da Legião Mirim pode chegar a R$ 1 milhão. Além da cobrança, a prefeitura já encaminhou para a Câmara projeto de lei para reorganização do serviço de zona azul.

A proposta, que deve ser votada em sessão extraordinária ainda neste ano, abre a possibilidade de a Emdurb assumir o serviço ou terceirizar por concessão. Uma das propostas é a transformação do serviço em modelo digital, que pode permitir o registro da cartela por aplicativos em celular, sistema já usado em outros centros.

Fundada em 1974, a Legião Mirim foi criada a partir da iniciativa de empresários e integrantes do Lions Club para oferecer programas de treinamento básico e encaminhamento profissional de adolescentes.

Durante muitos anos, a entidade atuou com a disponibilização de estagiários para empresas cadastradas. A criação do serviço de zona azul, que cobra por períodos de estacionamento em ruas do centro, foi usada como fonte de renda para manter o projeto. Adolescentes inscritos na entidade atuavam com venda das cartelas.

O convênio com a prefeitura vem em crise há meses e no começo do ano chegou a ser suspenso, mas foi prorrogado com discussão sobre acordo para parcelamento e pagamento da dívida com repasse dos recursos.