Marília

Ação para fechar rádios vai ouvir testemunhas por videoconferência

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Quase 12 meses depois de iniciado, o processo judicial com pedido para fechar duas rádios mais tradicionais de Marília deve ter nesta semana uma audiência com depoimentos por videoconferência transmitida de Brasília para a 3ª Vara Federal na cidade.

A justiça pretende ouvir representantes do Ministério das Comunicações para falar sobre a acusação de arrendamento mascarado das rádios Clube AM, a mais antiga emissora de Marília, e Itaipu FM.

A audiência deve ter participação de três das quatro testemunhas arroladas: Mariza Oshiro, coordenadora-geral de fiscalização do Ministério; Ana Clara Silva Lopes, fiscal e substituta de Mariza na coordenação, e o advogado Saulo Silveira Ribeiro, terceirizado contratado para dar suporte em processos técnicos.

O diretor de fiscalização do ministério, Samir Armando Granja Nobre, também deveria ser ouvido mas já entregou à Justiça uma manifestação de que não poderá participar da audiência.

Os quatro assinaram documento que considera regular os contratos de publicidade firmados entre as rádios e a empresária Daniele Alonso, proprietária da empresa Estúdio DM, filha do prefeito Daniel Alonso, e responsável pelos contratos de uso de horários das rádios que deram motivo à ação judicial.

O processo provocou a suspensão das transmissões das emissoras por quase 90 dias. Em novembro a Justiça liberou as rádios mas afastou Daniele de qualquer função de gerência e dos contratos que davam a ele controle sobre longos períodos da programação, incluindo jornalismo.

A audiência está marcada para o dia 7, quinta-feira, e deve ser acompanhada pelos advogados das rádios e seus dirigentes e da empresária Daniele Alonso, além do Ministério Público Federal, responsável pela ação e que pede a cassação das concessões com fim das emissoras na cidade.