O controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em bairros de Marília ganhou novas áreas de cobertura nesta semana após boletim que indicou 23 casos confirmados na cidade – 20 autóctones, contraídos na cidade, e três importados -.
O Giro Marília acompanhou atividade dos grupos de nebulização em casas da zona note nesta segunda. As famílias são orientadas a deixar o imóvel e retirar animais por pelo menos 30 minutos. Vizinhos nas esquinas e famílias com cadeiras nas calçadas, uma cena cada vez mais rara, ficou comum nos bairros por onde o serviço passa.
Uma preocupação é a demora na resposta a exames. A cidade tem 104 notificações paradas no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, aguardando respostas.
Um dos motivos é a evolução da epidemia em outras cidades, com grande aumento de volume dos exames enviados ao instituto.
Marília já registrou desde o início do ano 188 notificações, das quais 23 foram confirmadas, 61 descartadas e as outras 104 aguardam respostas.
Além das notificações represadas, existe a possibilidade de número maior de casos não notificados. São situações em que os pacientes apresentam variação dos sintomas ou nem procurar os serviços de saúde.
O número de casos confirmados abrangem diferentes regiões da cidade. Por isso, fica reforçada a importância das medidas de prevenção em todo o município, independente do bairro.
Seguindo protocolo do Ministério da Saúde, o município mantém as ações de bloqueio (controle de criadouros e nebulização nas áreas com casos confirmados), por meio das equipes da Divisão de Zoonoses.
A Secretaria Municipal da Saúde promoveu entre os dias 11 e 15 a Capacitação para Manejo Clínico de Dengue e outras Arboviroses, ampliando ainda mais o conhecimento dos profissionais médicos e enfermeiros da rede básica, para identificação e correto tratamento dos casos suspeitos. Participaram também, como convidados, profissionais de serviços de urgência de saúde, pública/estadual e privada.
A Vigilância Epidemiológica reforça ainda que a melhor maneira de prevenção é a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue e também doenças como a zika e chikungunya. Toda a rede de saúde do município (instituições públicas, privadas, filantrópicas) já estão orientadas sobre os riscos e a necessidade de cumprimento do protocolo, para atendimento de pacientes com suspeita da doença.
Para mais informações, os munícipes podem entrar em contato com a Divisão de Zoonoses (3401-2054) ou nas unidades de Saúde, onde estão lotados os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) e ACEs (Agentes Comunitários de Endemias), que realizam o trabalho preventivo de rotina junto aos domicílios.
ORIENTAÇÕES:
Os principais sintomas da dengue são:
– Febre alta > 38.5ºC.
– Dores musculares intensas.
– Dor ao movimentar os olhos.
– Mal estar.
– Falta de apetite.
– Dor de cabeça.
– Manchas vermelhas no corpo.
São sinais de alarme da dengue os seguintes sintomas:
– Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome.
– Vômitos persistentes.
– Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
– Sangramento de mucosa ou outra hemorragia.
– Aumento progressivo do hematócrito.
– Queda abrupta das plaquetas.