Marília

Paciente de Marília vai à Justiça para fazer tratamento de câncer em Barretos

Paciente de Marília vai à Justiça para fazer tratamento de câncer em Barretos

Uma paciente em tratamento de um câncer de mama em Marília foi à Justiça para obrigar  a Santa Casa, a Prefeitura e o Estado a fazer o encaminhamento médico, transporte e indicação de leito para internação em Barretos, que mantém um renomado hospital de combate à doença.

Ela apresentou ao Ministério Público do Estado uma denúncia com relato de problemas e ineficácia do atendimento em Marília. A queixa provocou uma ação civil pública.

A ação indica que E.C. foi diagnosticada com câncer de mama há aproximadamente um ano e meio e iniciou o tratamento na Santa Casa de Marília. Uma série de intercorrências e prazos levaram a um tratamento sem efeito esperado. A paciente informa que tentou administrativamente a transferência, mas seu pedido não foi atendido.

A juíza Renata Biagioni, da Vara da Fazenda Pública de Marília, negou ordem imediata de transferência e disse que o pedido “não encontra respaldo, ao menos por ora, em qualquer documentação médica”. Mas mandou citar o hospital e o poder público para suas manifestações.

Em resposta ao Giro, a Direção da Santa Casa de Misericórdia de Marília informa que “está prestando todo o atendimento disponível. Neste caso, não existe a indicação de transferência para outro hospital, tendo em vista que estão sendo seguidos os Protocolos de Cuidados Assistenciais de forma individualizada e com assistência  multiprofissional”.

O CASO

Segundo a ação, E.C. passou por consulta, fez exames de mamografia, raios-X e biópsia e após dois meses foi encaminhada a outro especialista  para analisar necessidade de cirurgia. Foi indicado tratamento com quimioterapia.

Em meio ao procedimento, apresentou um quadro de pneumonia que evoluiu para embolia pulmonar e coagulação do sangue, um quadro que provocou internação na UTI do hospital.

A partir daí, sentiu que o tratamento não surtia efeito. Foi novamente indicada para consulta com o segundo especialista que teria demonstrado “preocupação e indignação com o atual quadro clinico da paciente” e apontado “significativo aumento do tumor”.

Passou a fazer tratamento para quimioterapia por via oral e como sessões de radioterapia. Manifestou então o desejo de fazer o tratamento em Barretos.

“Desde o inicio do tratamento nesta cidade, sente que está definhando muito e não apresenta melhora .Alega que foi solicitado administrativamente a transferência, não entanto, sem êxito”, diz a ação.