Marília

Câmara acompanha corte de gastos e rejeita projeto da Prefeitura para rodeio

Câmara acompanha corte de gastos e rejeita projeto da Prefeitura para rodeio

Um projeto do prefeito Daniel Alonso para criação de crédito adicional no orçamento destinado a gastar até R$ 20 mil em uma festa do peão foi rejeitado pelos vereadores de Marília com voto de governistas contra a ideia.

Por sete a cinco, a Câmara rejeitou a proposta votada em uma sessão extraordinária ao final da sessão regular.

O projeto de lei 105/2019 autorizava abertura de crédito adicional para a realização da festa. A proposta foi votada sem debates e rejeitada.

Mário Coraini, que tem acompanhado a prefeitura em diferentes questões polêmicas,  disse que votou contra por questão de convicção e proteção dos animais. “Voto sempre contra essa festa não só pelo risco humano como pela judiação do animal”, disse Coraíni.

O vereador Evandro Galete ragiu com mau humor à decisão e dirigiu-se aos outros vereadores de forma provocativa. Disse que a prefeitura perde uma emenda carimbada e disse “vocês aí votaram contra”.

Depois disse que “a Casa é democrática, democracia é isso”. “Não vou ser demagogo como estão sendo aí porque essa verba é carimbada.”

E provocou pessoalmente Coraíni ao perguntar “o senhor vota pelo touro mas come a carne dele ou não, nunca comeu carne?”

José Carlos Albuquerque, que também é alinhado com a administração em casos polêmicos, disse que pediu aos parlamentares que votassem contra a proposta

“Até pela situação em que o município se encontra, fazendo cortes nas despesas, inclusive reduzindo benefícios de servidores, por menor que seja a contrapartida, são R$ 20 mil que ajudam o nosso município até a arcar com pequenos valores”, disse.

Luiz Eduardo Nardi afirmou que votou a favor da realização de rodeios na cidade e disse que a votação discutia se em momento de crise com corte de horas extras e escalonamento de salários deveria ser usada a verba municipal de contrapartida.

“Se fossem recursos para saúde e educação duvido que alguém deixaria de aprovar. Mas quando se faz uma contenção de despesas, então acho que a gente tem que dar exemplo. Não pelo valor em si, mas pela essência do que está sendo feito.”

Albuquerque, Cícero do Ceasa, Mário Coraíni Júnior, Wilson Damasceno, José Luiz Queiroz, Luiz Eduardo Nardi e Danilo Bigeschi votaram contra a abertura do crédito.

Apesar do voto de vereadores governistas contra a proposta, a decisão da Câmara provocou reação de assessores do prefeito Daniel Alonso em diferentes escalões, que divulgaram a lista dos parlamentares que votaram contra a proposta.