Marília

Saúde faz alerta sobre busca por cirurgias bariátricas em Marília; 60 na fila

Saúde faz alerta sobre busca por cirurgias bariátricas em Marília; 60 na fila

Marília tem 60 pacientes na fila pela cirurgia bariátrica, uma intervenção para controle de casos graves de obesidade com riscos para a saúde, e um alerta divulgado nesta sexta-feira orienta interessados sobre protocolos, limites e quando buscar serviço.

Conforme relata a enfermeira encarregada de Saúde do Adulto, Carolline Ramos Lima Matias, o município abriu recentemente 20 vagas para tratamento especializado no Caoim (Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília).

“São vagas para adultos em horário diferente do atendimento que já é ofertado às crianças e adolescentes. Com essa atenção especializada, com equipe multiprofissional, estamos tendo um importante avanço nessa demanda”, disse a enfermeira.

Os pacientes já inscritos deve, manter acompanhamento vinculado às respectivas unidades de saúde, observando as orientações da equipe multiprofissional.

“Segundo o protocolo de encaminhamento à cirurgia bariátrica, o tratamento cirúrgico é apenas parte do tratamento integral da obesidade, que é prioritariamente baseado na promoção da saúde e no cuidado clínico continuado”, disse a enfermeira responsável.

O tratamento cirúrgico é indicado apenas em alguns casos. Trata-se apenas de uma ação, entre as diversas que fazem parte da “linha de cuidado das pessoas com sobrepeso e obesidade”.

Os critérios para encaminhamento à cirurgia variam de acordo com o IMC (Índice de Massa Corpórea), bem como a existência ou não de doenças. Em todos os casos há riscos cirúrgicos e exige a liberação pelo médico especialista.

O protocolo prevê indicação de bariátrica para quem tem IMC a partir de 40 kg/m², com ou sem doença previamente instalada. Também pode ser indicada após cumprir outros requisitos para pessoas com índice de massa corpórea a partir de 35 kg/m², mas somente em pacientes com comorbidades.

Alguns exemplos de comorbidades são doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, entre outras.

“Para a unidade de saúde poder encaminhar estes pacientes há necessidade de perda de peso de 10 a 20% do peso inicial avaliado, além de acompanhamento por até dois anos com psicóloga, nutricionista, médico, podendo incluir outras especialidades”, explicou Carolline.

Ainda conforme o protocolo, todos estes profissionais necessitam anexar relatórios do acompanhamento, comprovando a perda de peso, constando o valor inicial e o peso atual, demonstrando ainda que o paciente fez as mudanças de hábitos/comportamento, encontrando-se apto para cirurgia, evitando expor o paciente ao risco de óbito.

“Há um compromisso para o atendimento dessa demanda, que envolve não apenas a secretaria municipal da Saúde, mas também os parceiros (serviço hospitalar) que realizam a cirurgia e o Estado (por meio da DRS IX – Diretoria Regional de Saúde), que atua na regulação das vagas”, afirmou Carolline.