Marília

Blitz interdita bombas em posto multado há dez dias em Marília; “corpos estranhos”

Blitz interdita bombas em posto multado há dez dias em Marília; “corpos estranhos”

Uma força-tarefa de fiscalização lacrou bombas em um posto de gasolina instalado na avenida Tiradentes, ao lado do Burguer King, dez dias após uma fiscalização que já havia provocado coleta de combustível para análise e multas do Procon por irregularidade na marca e identificação.

Segundo o coordenador do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), Edson Moura, foram encontradas diversas irregularidades que incluem volume de combustível menor que vendido com limites acima dos níveis autorizados e a presença de “corpos estranhos” no combustível e nas bombas.

A força-tarefa foi montada após queixas de consumidores e começou com suspeita de diferença de 200ml a 300ml emcada galão de 20 litros.

Mas a fiscalização descobriu corpo estranho nos combustíveis além de um sistema ligado às bombas que seria usado para a adulteração, com cabos que levam a um sistema sem qualquer registro.

“Encontramos algumas irregularidades no fornecimento no bar e no instrumento em si diversos pontos de selagem obrigatório estão rompidos. Consumidor está sendo prejudicado na medição e instrumentos violados”, disse o técnico do Ipem.

Os “corpos estranhos” serão analisados em perícia da Polícia Civil e análise laboratorial dos combustíveis e dos equipamentos.

O coordenador do Procon de Marília, Guilherme Moraes, disse que além das irregularidades que provocaram a multa no dia 22 de janeiro, foram constadas falta de informações sobre origem dos combustíveis, além dos outros problemas identificados pela força-tarefa.

“Estou muito surpreso com isso acontecendo em nossa cidade, muito empenho de todos os envolvidos, Ipem, Fazenda, Procon e acabamos constatando, isso vai comprovado em exames laboratoriais que vão ser feitos, uma fraude que acabou desbaratada hoje”, afirmou.

Sistema de cabos estranhos ao funcionamento da bomba, fiscais acreditam que seria usado para fraude em combustíveis

O delegado Valdir Tramontini, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) acompanhou a fiscalização para eventual abertura de inquérito por crime contra consumidores.

Tramontini pediu levantamentos específicos da perícia para formar prova de eventual fraude na mistura de produtos nos combustíveis e evitou definir tipo de crime a ser investigado no caso e mesmo eventuais medidas antes de receber as informações técnicas.