O artista mariliense Júlio Villani, 63, provocou repercussão internacional com uma intervenção artística na embaixada do Brasil em Paris, onde vive, com bandeiras e mensagens sobre as mortes por coronavírus no país e uma reação crítica à frase do presidente Jair Bolsonaro sobre evolução dos óbitos: “E daí? O que você quer que eu faça?”
Villani divulgou em suas redes sociais imagens de bandeiras que afixou em frente à embaixada com frases, desenhos e mensagens sobre as mortes. O polêmico “E daí” do presidente foi apresentado junto a diversas cruzes vermelhas.
Ele divulgou ainda um vídeo curto do momento em que afixou as bandeiras (veja abaixo). A intervenção repercutiu em grandes veículos de comunicação no Brasil e no exterior. Batizou a intervenção como “pano preto na janela da Embaixada do Brasil em Paris”. A exposição usa sete banners.
Além da frase com as cruzes, incluiu painéis com mensagens como “Um outro Brasil é possível” e uma arma apontada para as palavras “dignidade”, “justiça”, “respeito”, “memória” e “integridade”.
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Em um cartaz com representação da bandeira do Brasil, escreveu “caos e obscurantismo” no lugar de “ordem e progresso”.
Villani nasceu em Marília em 1956 e deixou a cidade quase 20 anos depois para cursar a Faculdade de Artes Plásticas da Faap. Em 1978 foi a Londres (Inglaterra), para aperfeiçoar estudos.
Em 1981 fez uma exposição na cidade, o início de um carreira que acumula dezenas de mostras em capitais brasileiras, na França, Canadá e diferentes países da Europa.
Veja abaixo as imagens divbulgadas pelo artista
