
A liminar do Tribunal de Justiça para autorizar a Prefeitura de Marília a adotar classificação isolada no programa de flexibilização da quarentena agravou na cidade a discussão de critérios e contas para definir a classificação na cidade.
O Plano São Paulo, que regulamenta a flexibilização da quarentena, analisa um conjunto de cinco critérios que envolvem diversas contas e atualmente usa dados regionais.
A cidade precisa refazer as contas apenas com os dados locais. Essa situação não dá garantia nenhuma de reabertura e assim como nas contas do Estado pode até provocar retrocessos.
O prefeito Daniel Alonso já anunciou que usar a liminar e respeitar o modelo de cálculos oficiais do Estado.
Veja abaixo as contas e os índices que a cidade precisa atingir para cada nível
1 – Capacidade de Resposta do Sistema de Saúde
O critério “Capacidade de Resposta do Sistema de Saúde” é composto pelos dados sobre a taxa de ocupação de leitos e a quantidade de leitos oferecidos por grupo de cem mil habitantes.
No primeiro caso, a conta a ser feita é a divisão entre o número de internados e o número de leitos. A região de Marília apontou na última semana 21%, índice para a faixa verde, a mais ampla, de reabertura.
Marília precisa ter abaixo de 60% para manter a boa classificação.
No segundo caso, a conta a ser feita é dividir a quantidade de leitos pelo número de grupos de cem mil habitantes. Com um milhão de moradores, a região teve número de 10,5 leitos por grupos e ficou também na faixa verde.
Nos dois casos as contas devem ser refeitas apenas com os números locais para definir a reabertura em Marília
2 – Evolução da epidemia
Essa conta envolve três critérios: índice de evolução do número de casos em comparações semanais; a média diária de internações em comparações semanais e o número de óbitos em comparações semanais.
Ou seja, não importa ter mais ou menos casos que outras regiões. As divisões e as comparações com os dados das semanas anteriores é que definem a classificação.
A região recebeu classificação amarela no primeiro caso, laranja no número de internações e vermelha no número de óbitos.