Um movimento estadual de mulheres com filhos, maridos ou irmãos que cumprem pena em presídios de São Paulo iniciou uma manifestação pacífica por redes sociais para pedir visitas virtuais ou liberdade para detentos afastados das famílias por causa da epidemia de coronavírus. E a ação chegou a Marília.
A iniciativa distribuiu imagens de mulheres de todas as idades com cartazes e a mesma frase: “Estão tirando nosso direito de visitas para não haver contaminação. Queremos visitas virtuais já ou desencarceramento”.
A Defensoria Pública do Estado já pediu e conseguiu ordem judicial para que o governo ofereça o sistema de visitas virtuais. Outros estados, como Maranhão e Pernambuco, já adotaram medidas para criar o serviço. Há pelo menos 14 governos discutindo ações neste sentido.
Desde o início da epidemia, quando o Estado adotou as primeiras medidas de restrição, o movimento vem organizando protestos virtuais com pressão para libertação de sentenciados.
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As primeiras mensagens envolviam acusações de falta de alimentos, produtos de higiene e outros tipos de produtos que são entregues por familiares durante as visitas.
A nova fase da manifestação busca uma linha de menos confronto, sem ataques diretos ao sistema prisional, mas com apelo emocional pelas visitas e pela defesa de direitos dos condenados e das famílias.
“Nem visita virtual, nem por telefone, nem por nada eles deixam a gente ter contato com eles”, diz um áudio divulgado com as imagens.
