
O músico mariliense Sérgio Ricardo faleceu nesta quinta-feira aos 88 anos no Rio de Janeiro vítima de insuficiência cardíaca depois de superar uma internação por coronavírus.
Cantor e compositor, Sérgio Ricardo fez história e participou de movimentos culturais importantes, como a Bossa Nova e o Cinema Novo. Manteve alguns vínculos com Marília, que visitava esporadicamente.
Pioneiro da cidade, nasceu em 1932, poucos anos após a emancipação política de Marília, foi batizado como João Luft. Completou 88 anos no ia 18 de junho. Começou a estudar música aos oito anos no conservatório de música da cidade. Mudou-se em 1950 para o Rio de Janeiro.
Atuava inicialmente como pianista em casas noturnas, época em que conheceu Tom Jobim. Passou a trabalhar em composições próprias até lançar “A bossa romântica de Sérgio Ricardo”, em 1960. Fez sucesso com músicas como “Zelão”, “Beto bom de bola” e “Ponto de partida”.
Produziu trilhas para cinema, participou em festivais no exterior e de uma forma até injusta para o conjunto de sua obra foi por muito tempo conhecido por quebrar o violão no terceiro festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1967, durante vaias à sua apresentação.
Sérgio Ricardo foi internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, desde abril, quando contraiu Covid-19. Curado do caso de coronavírus, precisou seguir internado por dificuldades na recuperação completa.
O sepultamento será feito nesta sexta-feira, dia 24, em cerimônia restrita à família.