
O inverno é a estação do ano na qual a temperatura e a umidade do ar são mais baixas e levam a uma diminuição da transpiração corporal. Esses são alguns dos fatores que fazem com que a pele fique mais seca e ressecada no período.
Mariane Cruz Castilho Nakamura, docente da área de saúde e bem-estar do Senac Marília, explica as principais mudanças na epiderme nesta época do ano, bem como reúne dicas para minimizar os efeitos do frio.
Uma dúvida muito comum é como notar se a pele não está saudável. Segundo a docente, o órgão apresenta um notável aspecto opaco, que muitas vezes chega à descamação.
Para reverter essa situação ou evitar que aconteça, Mariane afirma ser imprescindível hidratar e nutrir com vitaminas, como as C e E.
“Um teste básico que se pode fazer em casa é apertar a região da face entre as sobrancelhas por alguns segundos e depois soltar. Se a pele demorar a esticar de volta, significa que há um nível de desidratação.”
Ainda de acordo com a docente, hoje em dia, existem diversos tratamentos econômicos e acessíveis.
“Farmácias de manipulação são ótimas opções para quem não quer gastar muito e ainda utilizar um produto de qualidade, pois haverá um farmacêutico no local para indicar um tratamento adequado”, orienta a especialista. Lembrando que em situações de agravamento que ultrapassem o ideal estético ou dores na pele, é aconselhável a procura de um dermatologista.
Diferenciais em pele negra
Cada tipo de epiderme pede um cuidado diferente. Mariane explica, por exemplo, que a pele negra é muito reativa e requer uma atenção especial durante a estação, pois pode adquirir manchas com mais facilidade.
Para tratá-la, a escolha minuciosa de procedimentos estéticos, como peelings químicos e cosméticos indicados por um dermatologista, é fundamental.
No caso dos cremes faciais, o mais indicado é a utilização do ácido mandélico – um produto derivado de amêndoas amargas e utilizado no combate às rugas e linhas de expressão – e do peeling de cerveja, que se trata de um ativo extraído do lúpulo, potente antioxidante que luta contra o aparecimento de manchas. Porém, é preciso ficar atento ao tempo de ação sobre a pele.
A docente ressalta ainda que, embora a pele clara aparentemente seja mais resistente quando o assunto é peeling, não dá para padronizar. “Independentemente do fototipo, uma avaliação profissional é sempre o primeiro passo antes de qualquer tratamento mais sério.”
Tratamentos estéticos
Para completar as orientações, Mariane reforça que o inverno é a melhor época para iniciar os procedimentos estéticos dermatológicos, como o próprio peeling, o preenchimento, a utilização de ácidos e o controle de manchas. No entanto, ela pontua que, independentemente da estação, qualquer procedimento requer paciência e persistência, além de uma boa avaliação e investigação hormonal.
“O mais importante é entender que, durante o inverno, diversos dos nossos hábitos se alteram instintivamente e se manter atento à pele é crucial, não apenas para fins estéticos, mas para a saúde como um todo. O emocional também conta muito para ter uma pele bonita. Uma somatória de problemas, mesmo que rotineiros, podem acarretar disfunções no sistema endócrino”, alerta.
Todos devem criar hábitos de tratamento com a pele e o cuidado diário (skincare) deve se tornar um hábito natural, como escovar os dentes e tomar banho, pois, segundo a docente, é muito mais fácil cuidarmos desse aspecto desde jovens, do que optar por tratamentos agressivos numa tentativa de reverter o envelhecimento.