Marília

Carteirada contra policial provoca críticas na Câmara, sem medida de apuração

Carteirada contra policial provoca críticas na Câmara, sem medida de apuração

O rumoroso caso de carteirada e afastamento do sargento Alan Fabricio, da Polícia Militar em Marília, após a apreensão do carro da vereadora Professora Daniela foi o tema central de pronunciamentos de parlamentares na sessão da Câmara de Marília nesta segunda.

Apesar dos repetidos discursos, nenhuma medida de apuração, repreensão ou qualquer ato oficial foi sugerida ou apresentada para votação. O caso está em apuração no Comando da Polícia em Bauru, responsável pelo Batalhão de Marília, e provocou repercussão nacional, que provocou até uma visita do deputado estadual Major Mecca à cidade.

Uma série de críticas foi puxada por um pronunciamento do vereador José Carlos Albuquerque, que é presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM na cidade.

“Foi abordado ofensivamente por uma autoridade militar”, “não podemos entender como a comandante se rebaixe ao ponto de, sem estar no local, sem ouvir o policial, ofenda-o, humilhe-o” e “duas autoridades das quais as condutas devem ser reprovadas” foram algumas frases do vereador.

O vereador Luiz Eduardo Nardi disse que todos os vereadores foram “bombardeados pelas notícias” e que “ligar para uma comandante à 1h para resolver uma infração de trânsito é a típica carteirada”.

Oficial da PM, o vereador Maurício Roberto disse que o caso atinge instituições que são patrimônios públicos e que ele, por sua função, sentiu o caso como “três facadas”, “a farda de um é a farda de todos”, afirmou.

José Luiz Queiroz, que é servidor público federal, disse que o caso é lamentável e que o caso “respinga, mancha” o Legislativo. “Somos os primeiros a falar que o trabalho do vereador não se resume às sessões”, afirmou.

NÃO JULGAR

O vereador Cícero Carlos da Silva, o Cícero do Ceasa, foi o último a se pronunciar para dizer que confia na apuração pelo comando da Polícia sobre a conduta da comandante e que ele não vai julgar nem a oficial e nem a vereadora.

“Não vou ficar jogando pedra nesse momento”, disse o vereador, que defendeu também a possibilidade de a vereadora se manifestar e ser ouvida por todos os parlamentares antes de qualquer manifestação sobre a conduta da professora Daniela.