Marília

Carteirada - Denúncias a corregedores querem afastar coronel e tirar caso de Bauru

Carteirada - Denúncias a corregedores querem afastar coronel e tirar caso de Bauru

O advogado Marcos Rogério Manteiga, de São Paulo, disse nesta quinta que apresentou À Corregedoria da Polícia Militar e ao Tribunal de Justiça Militar em São Paulo representação e denúncia contra a tenente-coronel Marcia Cristina Cristal Gomes, comandante do Batalhão da PM em Marília, no caso da carteirada após apreensão do carro da vereadora Professora Daniela na cidade. Pede que a investigação do caso seja transferida de Bauru para São Paulo e o afastamento da comandante.

Manteiga representa oficialmente o sargento Alan Fabrício Ferreira, afastado do policiamento de trânsito da cidade após a apreensão, mas fez a denúncia em seu próprio nome.

Leia Mais
Comandante da PM em Marília entra em licença após polêmica
Áudio mostra ordem para liberar carro de vereadora em Marília
Advogado pede cassação de vereadora e prefeito após caso de carteirada

“Pedi ao Corregedor para avocar para ele todo procedimento. No áudio da gravação da carteirada da coronel Cristal ela menciona o coronel Robson, comandante dela. Então ele não pode tocar esse procedimento adiante que não vai dar em nada, argui a suspeição dele na Corregedoria como forma preliminar.”

A denúncia na corregedoria pede que o Conselho de Justificação, instância que apura procedimentos de oficiais, faça a investigação do caso na capital.

“A representada veio praticar, em tese, patrocínio indébito, coagindo moralmente o Sargento PM Alan, lhe diminuindo sua dignidade”, diz a representação.

O advogado afirma ainda no texto que a coronel “fez ameaças de removê-lo do posto e instauração de procedimentos em seu desfavor, e assim fez cumprir, com total abuso de autoridade”.

Além do pedido à corregedoria, o advogado protocolou uma denúncia ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo para apuração de eventuais crimes.

Em uma “notícia de crime”, pede a oitiva do Ministério Público para “que, entendendo, instaure o competente IPM para as apurações das eventuais infringências” e o afastamento liminar da tenente-coronel do comando, “e, sendo procedente, ao final, a cassação da sua patente”.

CÂMARA

Marcos Manteiga também é o autor da denúncia com pedido de cassação da vereadora por quebra do decoro parlamentar no caso.

Pediu ainda a cassação do prefeito Daniel Alonso por nomeação da professora para função de assistente de direção e acusa promoção ilegal e horários incompatíveis com atuação na Câmara e na unidade.

A denúncia contra Daniel provocou reação política em grupos de apoio ao prefeito e ataques ao advogado, que foi candidato a deputado estadual em 2018 e deve disputar eleição para vereador neste ano.