Marília

Controle da epidemia cancela ações sociais, carnaval e tradições do Circo em Marília

Valdyr Cezar, 51 anos de ações com a comunidade
Valdyr Cezar, 51 anos de ações com a comunidade

Não vai ter baile, nem bloco na rua. Tão pouco grandes ações de atendimento social. Na onda de incertezas em meio à epidemia do coronavírus, a chácara O Circo oficializou a decisão de cancelar todos os grandes eventos de final de ano e de carnaval em Marília.

E não é pouco. O baile Bagunça do Circo, realizado desde 1994, reúne anualmente perto de 3.000 foliões para uma note de reencontro com marchinhas, samba, fantasias e muita animação. O desfile de bloco na rua, outra tradição criada pela chácara, também está definitivamente cancelado para 2021.

“A bagunça virou um evento com muitas crianças. E temos muita gente acima de 50 anos e mais. Estamos tentando bolar alguma alternativa. São 51 anos fazendo as ações”, diz Valdyr Cezar, fundador de chácara.

É no atendimento social que o Circo pode fazer muita falta. Pelo menos dois eventos anuais de impacto foram engavetados. O Almoço do Circo, que mobiliza até 1.500 mil pessoas com 15 entidades sociais atendidas e o almoço do Lar São Vicente.

A entrega do troféu Marina Betti Cézar, uma homanegem aos destaques do atendimento social na cidade, também está suspenso. “Como é que vou fazer uma homenagem em que a pessoa nem pode levar a família?”, diz Valdyr.

O cancelamento é uma decisão que já acompanha uma ausência sentida da chácara, que desde o início da epidemia suspendeu suas atividades. Parou projetos de arrecadação,  cancelou mobilizações em ações comunitárias e a cidade perdeu momentos de alegria, interação e auxílio.

A direção da chácara segue em reuniões e avaliações para eventuais retomadas. Até lá a ordem é prevenção e planejamento, outra marca do Circo em Marília.