
Depois de passar 2019 quase sem ocorrências, o sistema penitenciário da região noroeste, que inclui Marília, registrou 48 casos apreensões de maconha sintética em presídios da região em 2020.
O Centro de Progressão Penitenciária (CPP) II “Dr. Eduardo de Oliveira Vianna”, de Bauru, lidera as apreensões com 32 casos. A cidade tem ainda mais nove casos em outras duas unidades. Álvaro de Carvalho, Jardinópolis, Avaré, Cerqueira César e Ribeirão Preto respondem pelas outras apreensões.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária aponta a algumas situações para aumento de casos e consumo: uma droga nova e mais fácil de ocultá-la em objetos encaminhados por correspondências.
Segundo o diretor, Fernando Henrique de Melo Santana, a nova droga é formada por substâncias que simulam ou têm uma reação muito parecida com o THC, que é o princípio ativo da maconha, porém, muito mais potente.
“É um material sintético com aspecto e textura de uma folha de papel e deixa o usuário muito agitado e agressivo”, relata o diretor.
A droga já foi encontrada em encomendas de cigarro, tubo de creme dental, sola de tênis e chinelo, fundo falso de margarina, costura de bermuda e calça e até nas fatias de um pão de forma.
“A atenção do servidor nunca foi tão necessária e tem sido responsável por 100% das apreensões, que aumentaram graças à perspicácia e o tirocínio dos funcionários, que possuem um olhar cirúrgico e minucioso”, define Santana.
Em agosto deste ano, a Polícia Científica começou a emitir laudos para confirmar o tráfico de drogas sintéticas, incluindo a k4, no Estado de São Paulo.
Antes disso, mesmo com a apreensão da droga, ninguém poderia ser preso porque os laboratórios policiais não tinham como comprovar cientificamente que a k4 é entorpecente.